O FC Porto contratou empresa para intermediar a renovação de Otávio. O nome da Livesoccer não consta nas contas do clube.
Em março deste ano, Otávio renovou o vínculo com o FC Porto até junho de 2025. A renovação implicou um investimento de quase 17 milhões de euros por parte da SAD portista.
Para fechar o negócio, o FC Porto contratou — através do agente Israel Oliveira, que representava o jogador — os serviços de intermediação da Livesoccer Company Limited. O jornal Público avança que a despesa dos ‘dragões’ pode ascender até aos 4,8 milhões de euros.
Apenas um dia depois do acordo, a administração portista mandatou os mesmos agentes para negociarem a transferência do internacional português. A SAD ‘azul e branca’ prometia uma comissão líquida de 4 milhões de euros.
Segundo o matutino, o processo de renovação não foi comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nem o nome da Livesoccer é incluído na lista de intermediários das contas do clube.
Caso a Livesoccer convencesse Otávio a ficar no Dragão, o FC Porto pagaria uma quantia de 1 milhão de euros por cada época que o atleta permanecesse no clube.
Além deste valor, o Porto comprometeu-se a pagar “a quantia fixa de 800 mil euros” ao intermediário, cujo montante seria dividido em quatro tranches de valor igual.
O primeiro acordo assinado por Pinto da Costa e Fernando Gomes estabelecia que as quantias “seriam sempre devidas ao intermediário”, mesmo que o jogador viesse a ser transferido para um outro clube antes de julho de 2021.
Na assinatura do novo contrato, em que a direção nortenha mandava vender Otávio, os responsáveis portistas comprometem-se a pagar a quantia líquida de quatro milhões de euros, a abater do montante oferecido no primeiro acordo.
A SAD portista explica que recorre aos serviços da Livesoccer por ser uma empresa “notoriamente reconhecida como uma das líderes mundiais de mercado na indústria de intermediação na aquisição e alienação de direitos desportivos”.
Contudo, Otávio parece ser o jogador mais sonante que é representado pela empresa, sendo que os restantes jogam quase todos em equipas modestas de Portugal e do Brasil.
Contactado pelo Público, Israel Oliveira desvaloriza o facto de a empresa representar o jogador e a SAD portista.
“É completamente normal, acho que não há conflito de interesses. O clube sabe que somos agentes do jogador e, como havia demasiadas propostas na altura para a sua contratação, fez de tudo para convencer-nos a renovar”, justificou o agente.
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