Eto’o diz que jogo com Egito será uma “guerra”. Queiroz pede “cartão vermelho”

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Carlos Queiroz

Depois de Eto’o ter dito que o jogo com o Egito seria como “uma guerra”, Carlos Queiroz lembrou o ex-futebolista dos camaroneses que morreram espezinhados.

Samuel Eto’o, ex-futebolista e agora presidente da Federação de Futebol dos Camarões, instou os jogadores a encarar o jogo das meias-finais da Taça das Nações Africanas, frente ao Egito, como “uma guerra”.

O selecionador do Egito, Carlos Queiroz, não tardou a reagir às declarações de Eto’o, lembrando-lhe da tragédia que levou à morte de adeptos antes do jogo entre Camarões e Ilhas Comores.

Oito pessoas morreram e 38 ficaram feridas numa debandada de adeptos que tentaram forçar a entrada no estádio Olembe, em Yaoundé.

“É uma abordagem muito infeliz, mesmo para o povo dos Camarões. Acho que ele se esqueceu que alguns camaroneses morreram há alguns dias num estádio e fazer uma declaração como esta antes de uma partida significa que não aprendeu nada quando jogava futebol profissionalmente. Foi um comentário infeliz, futebol não é guerra, é festa, alegria, felicidade”, disse o treinador português.

Carlos Queiroz disse ainda que o Egito vai entrar em campo “com alegria” e para animar “um povo que tem fome e que quer ter um momento de felicidade”.

O selecionador egípcio considera que o comentário de Eto’o “merece cartão vermelho” e deixa a questão para a Confederação Africana de Futebol analisar.

“Peço-lhe que corrija as suas palavras, porque esta não é a maneira de jogar, não se trata de uma guerra. A guerra é para evitar que as pessoas morram de fome ou nas portas dos estádios”, disse ainda Carlos Queiroz.

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