“Fui eu que decidi sair do Benfica”. Pizzi conta o que aconteceu no Dragão e nega culpas pela saída de Jesus

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O internacional português Pizzi, emprestado pelo Benfica aos turcos do Basaksehir, assegura que a decisão de sair da Luz foi sua e recusa que tenha sido o culpado pela saída do treinador Jorge Jesus. Além disso, conta o que aconteceu no balneário do Estádio do Dragão.

“Não me sinto responsável pela saída do mister Jorge Jesus”. É, assim, que Pizzi fala da polémica que o coloca como um dos grandes “culpados” pela saída do treinador do Benfica. Numa grande entrevista ao jornal Record, Pizzi assegura que sempre “apreciou bastante” Jorge Jesus “enquanto trreinador e enquanto pessoa”.

O jogador de 32 anos nota que “cá para fora, passou uma ideia completamente errada do que aconteceu”. “A comunicação social tentou, de certa forma, fazer com que eu fosse um dos principais culpados. Acusam-me dos despedimentos de vários treinadores”, diz ainda.

“Em quase oito anos de Benfica, nunca tive um único problema com nenhum treinador“, garante Pizzi, desmentindo também que tenha havido qualquer confronto com Luisão, elemento da estrutura técnica do clube.

Nunca tive nenhum problema com o Luisão. Fui colega dele durante cinco ou seis anos, sempre nos demos muito bem, até fora do futebol, quando ele deixou de jogar”, refere ainda.

Pizzi também desvaloriza a polémica no balneário do Estádio do Dragão, onde manifestou o “desagrado” com a forma como a equipa do Benfica jogou, num episódio que terá sido decisivo para a saída de Jesus. Foi “um desagrado normal de todos os jogadores em geral”, refere.

“Houve mais jogadores a fazê-lo, mas eu, sendo um dos capitães, tive uma voz mais activa porque foi um jogo em que nada nos correu bem e falo no geral, não estou a falar de A, B, C ou D, falei do geral na equipa e do que se tinha passado e que era uma coisa para nós melhorarmos futuramente”, conta ao Record.

“Saí por querer jogar e ser feliz”

“Não pensava sair do Benfica”, confessa ainda Pizzi na mesma entrevista, revelando que saiu por “querer jogar” e ser “feliz”, mas também para “sair um pouco deste ambiente que está mal à volta do [seu] nome”.

“É o meu clube e não tinha essa intenção de sair, mas devido a toda essa situação” e ao facto de “não estar a ter aqueles minutos que queria”, após a chegada do técnico Nélson Veríssimo, Pizzi diz que resolveu rumar à Turquia.

“Decidi, nestes poucos meses que faltam para acabar a época, ser feliz a jogar, dentro de campo, a ter minutos e a ser importante”, acrescenta, notando que também cedeu à “insistência” dos responsáveis do Basaksehir para que deixasse a Luz.

“Ninguém do Benfica teve nada a ver com isto”, garante, sublinhando que não foi empurrado por responsáveis do clube para sair.

“Nunca ninguém na estrutura, presidente, Rui Pedro Braz, toda a gente, todas as pessoas à volta do Benfica, nunca senti nada disso. Sempre disseram para eu pensar muito bem, que a decisão tinha de ser minha”, refere.

“Para que fique claro, foi uma escolha minha“, trata de realçar.

No final da época, Pizzi, que está emprestado ao clube turco, não descarta voltar à equipa do Benfica. “Tenho contrato. O futuro nunca sabemos. Tenho um amor muito grande pelo Benfica, dentro do clube sempre fui muito bem tratado por toda a gente”, nota.

“Não sei o que será o meu futuro. Se me disserem para me apresentar no Benfica, apresentar-me-ei com o maior sorriso do mundo“, diz ainda.

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