De esquecido na Letónia ao auge da carreira, Pedrinho é o cérebro do Gil Vicente

O jogador do Gil Vicente, Pedrinho, disputa a bola com o jogador do Estoril Praia, André Franco.
O jogador do Gil Vicente, Pedrinho (E), disputa a bola com o jogador do Estoril Praia, André Franco.

O Gil Vicente está no quinto lugar da liga portuguesa e bem pode agradecer ao contributo de Pedrinho, que depois de ter passado pela Letónia, regressou a Portugal no ano passado.

Pedrinho tem apenas 1,70 metros, mas a sua dimensão no meio-campo apenas é reduzida no que toca à estatura física. Pedrinho tem sido gigante na forma como controla o meio-campo do Gil Vicente, articulando entre a defesa e o ataque como poucos no campeonato português.

Não é um goleador nato. O médio ofensivo leva apenas um golo na sua conta pessoal, mas já contribuiu para nove tentos da sua equipa.

Ainda em janeiro, foi eleito o Melhor Jogador do mês da Liga, pelo Sindicato dos Jogadores, superando jogadores como Luis Díaz e Otávio, do FC Porto.

Aos 29 anos de idade, Pedrinho mostra-se em grande plano ao futebol português e atinge o auge da sua carreira. Não é por acaso, sugere Álvaro Magalhães.

“Quando olho para o Pedrinho, no meio campo… grande jogador. E português! Esteve no Paços de Ferreira quatro anos, mas não atingiu outra dimensão. Sabem porquê? Porque a experiência conta muito e nota-se agora”, disse o ex-treinador gilista em declarações ao jornal O JOGO.

O próprio jogador já admitiu estar a atravessar “o melhor momento” da sua carreira. “Acho que estou na minha melhor fase desde que cheguei à 1.ª Liga. Estou a aproveitar, sinto-me feliz dentro de campo e isso é meio caminho para as boas prestações”, disse o futebolista.

Depois de quatro temporadas ao serviço do Paços de Ferreira, Pedrinho aventurou-se no Riga, da Letónia, onde foi campeão.

Ao lado do compatriota Talocha, ex-Boavista, marcou três golos em 12 partidas. Na temporada passada, voltaram os dois para Portugal, transferindo-se para o Gil Vicente.

“Pedrinho é o cérebro de todo o futebol dos ‘galos’, em praticamente todos os momentos, o verdadeiro ‘maestro’ da equipa. Segundo médio com mais ações com bola (85,6), liderou em passes aproximativos (7,6), em passes para finalização (3,3, sendo 2,3 de bola corrida, segundo valor mais alto) e em ocasiões flagrantes criadas (1,0). Nenhum jogador, de todas as posições, registou melhor média de recuperações de posse (10,7)”, escrevia o GoalPoint, relativamente ao seu desempenho em janeiro.

Depois da vitória na Luz, frente ao Benfica, Pedrinho elogiou o trabalho da equipa e salientou que “o quinto lugar não é por acaso”.

“A organização é a base do nosso sucesso. Esta equipa sabe perfeitamente o que fazer com bola, sem bola e em todos os momentos do jogo”, atirou o médio.

“Temos noção que este 5.º lugar não é por acaso, porque é fruto da qualidade e regularidade da equipa, mas dentro do balneário reina a tranquilidade. Esta posição na tabela é o reflexo do nosso trabalho, mas estamos tranquilos, até porque sabemos que no futebol, se deixarmos de ser humildes, as coisas mudam de um momento para o outro”, acrescentou, citado pelo Record.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]


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