Treinador do campeão holandês classifica derrota como “amarga”. Capitão do Ajax nem tinha palavras para descrever a saída da Liga dos Campeões.
O Benfica surpreendeu a Europa ao afastar o Ajax, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O campeão holandês tinha vencido todos os jogos no grupo do Sporting mas, após o empate (2-2) na Luz, perdeu por 0-1 em casa, nesta terça-feira.
Jan Vertonghen admitiu que o Ajax foi melhor nesta eliminatória: “Não fomos a melhor equipa mas fomos mais eficazes. Defendemos muito bem a nossa área. Somos fortes nas bolas paradas e aproveitámos isso”, declarou o defesa do Benfica, que não sorriu nos festejos do golo de Darwin Núñez – o belga jogou quase 10 anos pelo Ajax, desde os juvenis.
Vertonghen elogiou a antiga equipa, que tem “grandes jogadores”, mas também elogiou a boa postura do Benfica. Nos quartos-de-final o adversário a evitar é o Bayern Munique: “Já vimos que não nos damos bem com eles” – derrotas por 0-4 e por 5-2 na fase de grupos.
Erik ten Hag classificou a derrota como “amarga”. O treinador do Ajax lembrou que “pequenos erros têm grandes consequências”, falando indirectamente sobre o erro do guarda-redes Onana no golo: “Se ele vai atrás da bola, a bola tem que ser dele”.
“Dominámos 75% do tempo de jogo. Jogámos um bom futebol, fomos bons defensivamente e também jogámos bem na pressão. Por isso, é amargo. Mas o Benfica é uma boa equipa e neutralizou o perigo”, analisou o técnico, que considerou que o livre que deu origem ao golo de Darwin não deveria ter existido porque “não foi falta” de Edson Álvarez sobre Gonçalo Ramos.
Daley Blind falou sobre esse momento decisivo: “Também podemos apontar para o árbitro e dizer que não era falta. Mas temos que olhar para nós mesmos”.
O capitão do Ajax, Dušan Tadić, nem sabia o que dizer: “Isto é muito pesado, é difícil falar sobre isto. Não tenho palavras. Não merecíamos perder, isto é inacreditável”.
A reacção generalizada dos jornais, como indica o De Telegraaf, é que este desfecho foi “cruel” para o Ajax, que foi muito mais perigoso, sobretudo neste segundo jogo.
Mas o Benfica aguentou lá atrás, com uma dupla de defesas-centrais “quase idosa”, segundo o Het Nieuwsblad, referindo-se a Vertonghen e Otamendi (ambos com 34 anos). E depois um livre muito bem executado por Grimaldo e a cabeça de Darwin mudaram o rumo desta eliminatória, a um quarto de hora do fim.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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