Empresa detida por português apresenta proposta para comprar o Chelsea

Ramon Abramovich é dono do Chelsea e agora também cidadão português

A Aethel Partners apresentou na quarta-feira uma proposta de aquisição do clube de futebol Chelsea, propriedade do russo Roman Abramovich, confirmou esta quinta-feira à Lusa fonte da empresa britânica detentora dos direitos de exploração das minas de Moncorvo.

“Confirmamos que a Aethel Partners entregou uma proposta para aquisição do Chelsea Football Clube“, disse à Lusa fonte oficial da Aethel Partners, detida pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert.

De acordo com a comunicação social britânica, a proposta apresentada pelo clube campeão europeu ascende a dois mil milhões de libras (cerca de 2,37 mil milhões de euros), dos quais 50 milhões (cerca de 59 milhões de euros) imediatamente, para fazer face às dificuldades decorrentes do congelamento dos bens do proprietário, em consequência da invasão militar russa à Ucrânia.

Na quarta-feira, os donos dos Chicago Cubs, da Liga norte-americana de basebol (MLB), também manifestaram interesse em adquirir o clube inglês. A família Ricketts comunicou a vontade de liderar um grupo de investimento que faça até sexta-feira uma proposta formal pelo emblema da Premier League.

O clube londrino, detentor da Liga dos Campeões, já originou interesse de um consórcio que inclui multimilionários suíços e um dos donos dos Los Angeles Dodgers, também do basebol, assim como do empresário britânico do ramo do imobiliário Nick Candy.

Desde a invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, o Reino Unido sancionou mais de 800 indivíduos, entidades e subsidiárias mais importantes e de alto valor da Rússia, incluindo vários magnatas russos, como Roman Abramovich.

Esta decisão afetou o Chelsea e mergulhou-o numa grave crise financeira, o que levou Abramovich a tentar vendê-lo, num processo que fortaleceu o vínculo dos adeptos ao russo.

Os londrinos, que agora só podem socorrer-se das suas contas, têm despesas salariais mensais com futebolistas superiores a 30 milhões de euros, pelo que o clube corre o risco de estrangulamento financeiro a breve prazo.

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