Au revoir. O FC Porto despediu-se esta quinta-feira da Liga Europa, caindo nos oitavos-de-final aos pés do Lyon.
Após desaire de há uma semana, os “azuis-e-brancos” empataram a um golo no reduto dos “les gones”.
Dembélé abriu a contagem, Pepê empatou e já no período final da primeira metade, Pepe e Vitinha falharam por centímetros o segundo tento, que levaria a eliminatória para o prolongamento.
Em vantagem, o Lyon não entrou à sombra do triunfo alcançado na primeira mão e dominou a fase inicial do encontro, pressionante, ganhou superioridade na zona central e soube explorar os dois corredores, com critério e velocidade.
Primeiro ameaçou e valeu a intervenção de Pepe (3’), porém, dez minutos volvidos, Dubois iniciou o lance que Dembélé finalizou a preceito, aproveitando a má coordenação de Zaidu e Bruno Costa com os centrais.
Paulatinamente, os da Invicta – com apenas três titulares, Diogo Costa, Mbemba e Pepê, relativamente ao embate ante o Tondela – começaram a reagir e equilibraram a balança.
Subiram as linhas, foram mais afoitos sem a bola e imaginativos com ela. Numa jogada genial, Fábio Vieira assistiu e Pepê assinou um golaço, deixando a eliminatória novamente ao rubro.
Dubois, com uma assistência e três passes para finalização, tinha a melhor nota ao intervalo: 6.6.
Do lado “azul-e-branco”, Pepê – um golo, dois remates e cinco dribles certos em oito tentados – era o elemento em destaque, com 6.6, umas centésimas abaixo de Dubois.
No recomeço, o Lyon tentava gerir a magra vantagem e os visitantes não conseguiam ligar os sectores com qualidade, não obstante as tentativas de Fábio Vieira.
Os lances de perigo tardaram em surgir: aos 63 minutos, Dembélé ameaçou, Diogo Costa brilhou e defendeu.
Dez minutos depois, o guardião voltou a mostrar qualidade e travou um “tiro” de Aouar. Mais tarde, aos 77 e já com Taremi, Vitinha e Evanilson em cena, Pepe ficou a centímetros de marcar na fase do tudo ou nada, e Tiago Mendes fez um corte milagroso.
Num final impróprio para cardíacos, já na fase de descontos, Vitinha, com tudo para marcar e isolado perante Anthony Lopes, não conseguiu desfeitear o guardião, optando por assistir Taremi em vez de arriscar o remate.
No último suspiro, Ekambi primeiro e Paquetá na sequência fizeram o mais difícil não desfizeram 1-1 final no marcador.
No ar ficou a ideia de que um “dragão” na máxima força – Sérgio Conceição arriscou tarde – poderia ter criado mais perigo e colocado a nu a várias fragilidades do conjunto gaulês.
Os portistas despediram-se, assim, das provas europeias – com quatro empates e uma derrota esta época nos jogos fora de portas nas competições da UEFA. Apenas por uma vez, em 2002/03, o FC Porto seguiu em frente depois de perder a primeira mão no seu estádio.
Melhor em Campo
Diogo Costa ainda assustou durante o aquecimento, mas recuperou e foi a tempo de inscrever o nome como MVP da partida.
Sem culpas no golo sofrido, o guardião português brilhou com seis intervenções, duas das quais travando remates que ocorreram no interior da área dos nortenhos.
Com a bola nos pés acertou dez dos 16 passes longos que arriscou, contabilizando 50 acções com o esférico. O jovem guarda-redes foi o MVP da partida com um GoalPoint Rating de 8.0.
Destaques do Lyon
Tiago Mendes 7.3 – Face às ausências de Boateng e Denayer, o médio brasileiro recuou no terreno e a adaptação ao centro da defesa tem corrido de feição. Sempre atento, realizou um corte decisivo aos 90 minutos, culminando o jogo com nove recuperações de posse, dois desarmes, quatro intercepções, cinco alívios e dez passes longos certos em 20 tentados.
Dembélé 6.7 – Saiu aos 65 minutos, mas durante esse período foi um tormento para os centrais “azuis-e-brancos”. Movimentou-se a toda a largura do ataque, marcou um golo decisivo, já depois de ter feito a assistência para o tento de Paquetá na primeira mão, obrigou Diogo Costa a uma enorme defesa aos 63 minutos e amealhou quatro acções com a bola na área portista.
Anthony Lopes 5.5 – A arte de Pepê não lhe deu hipóteses, esteve atento ao “ler” as intenções de Vitinha aos 93 minutos e coleccionou duas saídas pelo solo eficazes.
Destaques do Porto
Pepê 7.0 – Mais uma belíssima exibição do extremo, que tem aproveitado quase todas as oportunidades que lhe são concedidas. Além do grande golo que carimbou, gizou quatro passes valiosos, cinco acções com a bola na área do Lyon e acertou sete dos dez dribles que tentou. Em termos defensivos, registou quatro acções no meio-campo contrário e bloqueou três passes/cruzamentos. A melhorar, os quatro desarmes sofridos.
Fábio Vieira 6.6 – Tentou abanar o jogo na etapa complementar, mas nem sempre foi bem acompanhado. Assistiu Pepê de forma perfeita, orquestrou ainda mais dois passes para finalização, recuperou a posse em quatro ocasiões, fez cinco desarmes e sofreu quatro faltas.
Pepe 6.2 – O capitão ficou a centímetro de marcar um grande golo. Foi responsável por seis passes aproximativos e quatro alívios.
Eustáquio 5.9 – Novidade no “onze”, o médio destacou-se com três passes para finalização, três acções defensivas no meio-campo adversário e três desarmes.
Grujic 5.9 – O sérvio começou o jogo nervoso, mas foi acalmando com a passagem dos minutos, equilibrou os duelos na zona central e rubricou uma exibição positiva com dois remates e quatro desarmes.
Bruno Costa 5.3 – Novamente a actuar como lateral-direito, tentou jogar pela certa. Até sair lesionado aos 55 minutos, acertou 36 dos 39 passes tentados, recuperou a posse em sete ocasiões, tendo registado o mesmo número de bolas perdidas.
João Mário 5.2 – Nos minutos que esteve em campo tentou dar outra acutilância ao corredor com dois cruzamentos, duas conduções aproximativas e duas intercepções.
Zaidu 5.2 – Deixou Dembélé em jogo no lance do 1-0. Sempre disponível, não conseguiu dar fluidez às investidas pelo flanco canhoto – 25 perdas de posse registadas e sete maus controlos de bola. Foi autor de um remate desenquadrado e dois cruzamentos.
Vitinha 5.1 – Teve a glória nos pés, mas preferiu assistir Taremi em vez de rematar. Não fez uma coisa nem a outra e o Lyon agradeceu. Dos seus dados, realce para as duas acções defensivas desenvolvidas no meio-campo contrário.
Galeno 4.7 – Passou ao lado da partida e os números não o desmentem: 16 perdas de posse em 40 acções, três desarmes sofridos, dois maus controlos de bola e apenas um duelo aéreo ofensivo ganho em quatro.
Resumo
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