Momento inacreditável durante um jogo da Bundesliga. Em campo, Bayern Munique goleou. Mas pode perder fora do campo.
Já seria mau num jogo de campeonatos distritais, mas quando envolve o campeão nacional alemão e uma das melhores equipas de futebol do mundo…
O impensável aconteceu, no sábado passado: o Bayern Munique teve 12 futebolistas em campo durante quase meio minuto.
O duelo decorreu em Friburgo, onde o campeão e líder goleou por 4-1. Todos os golos foram apontados durante a segunda parte: Goretzka, Gnabry, Coman e Sabitzer marcaram para os visitantes, Petersen marcou pela equipa da casa.
Aparentemente foi um dia muito bom para o Bayern porque, além da vitória, três horas depois o Borussia Dortmund perdeu em casa (também por 1-4) frente ao Leipzig e ficou a nove pontos da liderança.
No entanto, o conjunto de Munique pode perder esta partida porque, aos 84 minutos, entraram dois jogadores e saiu um.
Corentin Tolisso, que até tinha entrado pouco antes, saiu a correr para o balneário, com problemas no estômago. Sabitzer entrou para o seu lugar.
Até aí, tudo bem.
Mas o problema surgiu logo a seguir, quando foi mostrada a placa com o número 29, dando a indicação de que o outro jogador a sair seria o número 29. Não há qualquer camisola 29 no plantel do Bayern.
Há um ano, havia: Kingsley Coman, que era o 29 na época passada mas nesta temporada passou a ser o número 11. Já nesta época havia um número 29: Bright Akwo Arrey-Mbi, que em Janeiro foi cedido ao Colónia.
A ideia seria retirar Coman do jogo mas o francês, que viu a placa, não se mexeu. Porque é o número 11.
Por isso, como não há número 29 na equipa, ninguém saiu – mas Süle entrou.
Estranhamente, o jogo continuou. Poucos segundos depois, o árbitro recebeu a indicação de que estavam 12 futebolistas do Bayern em campo e a partida foi interrompida.
Os comentários têm-se centrado da directora da equipa de Munique, Kathleen Krüger, mas a responsabilidade é da equipa de arbitragem, analisou Lutz Wagner, antigo árbitro e agora instrutor de arbitragem na federação alemã.
“Ou o árbitro principal, ou outro elemento da equipa de arbitragem, deveria contar os jogadores antes de o jogo prosseguir. Ele não fez isso, por isso o erro é do árbitro”, analisou, em declarações ao portal Spox.
Wagner “atirou” responsabilidades para o quarto árbitro deste duelo porque, habitualmente, é o quarto árbitro que faz a contagem dos jogadores que estão em campo: “É ele quem confere tudo e depois diz que o jogo pode continuar”.
O Friburgo poderá apresentar queixa. Só com um protesto haverá investigação. E aí os responsáveis da federação vão decidir duas coisas: se o erro foi do Bayern e se foi relevante para o desenrolar do encontro.
Julian Nagelsmann, treinador do Bayern Munique, já respondeu a esta última questão, logo depois da partida: “Foi uma situação confusa mas não mudou nada no jogo”.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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