O FC Porto voltou a colocar-se a seis pontos de distância do segundo classificado Sporting.
Os “azuis-e-brancos” receberam o Santa Clara e não deram veleidades. Três golos sem resposta, dois na primeira parte no espaço de três minutos, ambos por Fábio Vieira, e um a fechar a etapa complementar, por Zaidu, que marcou à antiga equipa. O poder ofensivo dos portistas é enorme, a qualidade defensiva voltou a ditar leis.
Desde o início que o Porto assumiu o controlo do jogo, o domínio da posse de bola e as despesas ofensivas, mas lances de verdadeiro perigo, nem vê-los, devido à boa organização defensiva do Santa Clara, a conseguir tapar bem os caminhos para a sua baliza e a encetar algumas transições interessantes.
A primeira grande oportunidade surgiu aos 28 minutos, quando Otávio isolou Pepê, mas o brasileiro rematou fraco para defesa de Marco.
Porém, tudo ficou decidido em três minutos. Aos 38, na sequência de um livre, Vitinha deixou para Fábio Vieira que, sem marcação ainda de fora da área, rematou colocado para o 1-0.
Aos 41, Mansur cometeu um erro tremendo, ao fazer um passe de risco para o seu guarda-redes, Pepê interceptou, rematou ao poste e, na recarga, Fábio surgiu para bisar.
O jovem portista era, naturalmente, o melhor em campo ao intervalo, com um extraordinário GoalPoint Rating de 8.4, fruto dos dois golos em dois remates enquadrados, seis passes ofensivos valiosos, 22 passes certos em 24 e quatro tentativas de drible, todas com sucesso.
A segunda parte foi mais pausada, culpa e opção do Porto, que preferiu baixar o ritmo do jogo e dar um pouco mais de iniciativa aos açorianos, mas sem permitir muitas veleidades.
Os visitantes continuaram sem grandes ocasiões para marcar, excepção feita para o minuto 80, quando Diogo Costa teve de realizar uma enorme defesa a remate de Ricardinho de fora da área.
O Porto passou a jogar no contragolpe e, aos 84 minutos, ampliou a vantagem. Vitinha fugiu pela direita e cruzou rasteiro para o segundo poste, onde apareceu Zaidu a marcar à antiga equipa (não festejou).
Estava fechado o resultado e o “dragão” recolocou-se a seis pontos de distância do Sporting.
Melhor em Campo
Mais um jogo enorme de Fábio Vieira. Quase não se dá por ele, com pés de veludo a calcorrear muitos metros, no eixo central ou nas alas.
O internacional Sub-21 luso resolveu praticamente o jogo em três minutos, ao bisar na partida aos 38 e 41.
O seu GoalPoint Rating de 8.5 reflecte o bis, mas também o máximo de remates da partida (5), dois deles enquadrados, sete passes ofensivos valiosos e quatro dribles eficazes em seis tentativas. Não fossem os três desarmes sofridos e os cinco maus controlos de bola e teria tido uma nota bem maior.
Destaques do Porto
Otávio 7.0 – Não há jogo do Porto que não tenha marca forte de Otávio. O internacional luso voltou a ser fundamental em todo o futebol portista, registando uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, seis ofensivos valiosos, dois dribles completos em três, sete recuperações de posse (máximo) e dois desarmes, que fazem dele o jogador com mais desarmes na Liga nesta altura.
Vitinha Ferreira 6.6 – Pode não estar tão exuberante como no início da época, mas continua a jogar muito. Vitinha fez, inteligentemente, a assistência para o 1-0 de Fábio Vieira, somou o máximo de passes para finalização (4) e de passes certos (69 em 72, ou seja, 96% de eficácia), fez três desarmes e acumulou o máximo de acções com bola (85).
Pepe 6.3 – O central esteve, mais uma vez, em todo o lado onde era preciso estar, fixando seis recuperações de posse e sete acções defensivas.
Pepê 6.3 – O criativo brasileiro (para não confundir os nomes) voltou a mostrar que já está imbuído do espírito dos “dragões”, correu, lutou, teve intensidade e inteligência para interceptar um mau passe de Mansur e acertar no poste, antes de Fábio Vieira empurrar para o 2-0. Pepê fez três passes para finalização, um de ruptura, só falhou quatro de 44 entregas, somou o máximo de acções com bola na área contrária (9) e completou três de sete tentativas de drible. Falhou duas ocasiões flagrantes, senão teria tido uma nota bem melhor.
Mbemba 6.0 – Destaque para um desarme e duas intercepções para o central que, tendo pouco trabalho defensivo, destacou-se no passe, com 64 completos em 68 (94%).
Zaidu 5.7 – O nigeriano lutou muito e foi premiado por um golo, que não festejou por ter sido marcado à antiga equipa. O lateral completou 46 de 49 passes (94%).
Diogo Costa 5.6 – O guardião teve pouco trabalho. Quando teve, num remate potente de Ricardinho, voou para a única defesa que fez na partida, e que defesa. Fez 14 passes longos, com sucesso em seis.
Evanilson 5.5 – Sem o seu “sidekick” Taremi, que começou no banco, o brasileiro esteve algo perdido. Teve de lutar pelo colectivo e fê-lo bem no passe, com quatro ofensivos valiosos e apenas um falhado em 19.
João Mário 5.3 – Jogo discreto do lateral, que aventurou-se pouco no ataque. Destaque para um passe para finalização e uma condução super aproximativa.
Marko Grujic 5.3 – O sérvio entrou para o lugar do lesionado Uribe e esteve bem no passe, com 28 concluídos em 30. Pouco mais.
Uribe 5.3 – Preocupação para os portistas, que viram um dos seus jogadores em melhor forma sair no arranque do segundo tempo, com aparente lesão muscular. O colombiano falhou somente um de 30 passes.
Destaques do Santa Clara
Lincoln 5.8 – O melhor jogador do Santa Clara foi também o melhor dos açorianos nesta partida. O médio fez dois passes para finalização e falhou só dois de 23 passes.
Júlio Romão 5.5 – O médio saiu aos 79 minutos, lesionado, mas até lá fez 21 passes, 18 deles certos, completou as três tentativas de drible e somou o máximo de desarmes da partida (5).
Pierre Sagna 5.5 – O senegalês entrou ao intervalo para o lugar de Rafael Ramos, acertou oito de dez passes e registou três intercepções.
Resumo
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