Antigo jogador do United e internacional inglês considera que o momento que a equipa está a passar pode dificultar a contratação de um novo treinador.
O atual momento de Manchester United preocupa adeptos e figuras históricas do clube. Na última jornada da Premier League, os red devils, orientados por Ralf Rangnick, perderam frente ao Everton, deixando escapar terreno para os lugares com entrada direta na Liga dos Campeões da próxima época. As notícias que dão conta da possível contratação de Ten Hag (atual treinador do Ajax) para o comando técnico da equipa parece não acalmar as críticas e as vozes dissonantes, como a de Gary Neville, antigo jogador do clube.
“Li que Erik ten Hag quer que todas as suas exigências sejam satisfeitas ou então não virá para o clube. Podemos imaginar se na próxima semana ou 10 dias eles não conseguirem convencer Ten Hag devido ao que está a acontecer no clube, ao estado em que se encontra. Olhamos para o que o Manchester United está a fazer aos jogadores neste momento e não há um que tenha realmente crescido. Veja o que fizeram a Van de Beek. Se falasse com Van de Beek ao telefone e lhe perguntasse: ‘Como é (o United), Donny?’ Ele não ia dizer nada de bom, pois não?”.
Em declarações aos meios de comunicação britânicos, citadas pelo o o antigo jogador defendeu que as exigências de Ten Hag não terão que ver com dinheiro, mas com conceções a nível de controlo, recrutamento, estrutura, juventude, de forma a não estar exposto a situações semelhantes às que os anteriores treinadores enfrentaram num passado recente do Manchester United. No entanto, considera que tal possa ser demasiado para o clube.
Suspeito que possam ter uma semana ou duas difíceis. Se for Ralf Rangnick a informa Ten Hag e lhe responder honestamente, o que deverá suceder, e se for Van de Beek a responder-lhe honestamente (…) irão dizer-lhe: ‘Tem muito cuidado com o Manchester United, porque pode ser um cemitério para a tua reputação’. Rangnick chegou com uma reputação incrível, mas começa a estar ferido por tudo o que acontece a seu redor e vê-se mais débil e vulnerável devido às atuações dos jogadores no campo, que nada têm a ver com ele”.
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