A histórica Académica, vice-campeã nacional em 1966/67, caiu hoje, pela primeira vez na sua história, para o terceiro escalão do futebol português, ao empatar a zero com o Penafiel, em jogo da 30.ª jornada da II Liga.
Em Coimbra, o empate consumou a oitava descida da história da Académica, a primeira ao terceiro escalão, uma vez que, com quatro rondas por disputar, os ‘estudantes’ matematicamente já não podem deixar os lugares de despromoção.
Com apenas 3 vitórias em 30 jogos, a histórica Briosa soma 16 pontos, menos 11 do que o Académico de Viseu, também em zona de despromoção direta, e 12 do que o Trofense, que ocupa o lugar reservado ao ‘play-off’ de manutenção. As duas equipas defrontam-se este sábado.
A Académica, um dos históricos clubes nacionais, jogará assim na Liga 3 em 2022/23, depois de 88 épocas consecutivas, desde 1934/35, entre a primeira e a segunda divisões do futebol luso, num trajeto que até hoje contava com sete descidas e 24 presenças na divisão secundária.
A antigo futebolista Mário Campos, que representou o clube entre 1965 e 1977, considera despromoção “muito grave” para a Académica e para Coimbra. Mas, diz o ex-jogador, citado pelo Record, “dada a forma como a equipa estava a jogar, é uma situação que se esperava”.
O antigo médio, que fez praticamente toda a sua carreira nos ‘estudantes’, considera que “tudo tem que ser mudado, modificado”, mas acredita que o clube “irá renascer”.
Opinião mais forte têm os adeptos do clube, que antes mesmo do empate que ditou a sua descida à terceira divisão receberam a equipa com tarjas muito críticas acerca da atitude dos jogadores.
“Desonram este clube a cada dia que passa!“, lia-se numa das tarjas colocadas pela Mancha Negra, principal claque da Académica.
E esta época desastrosa faz literalmente jus ao nome da sua claque, tornando-se uma mancha negra na história do clube.
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