Braga 1-0 Porto | Ricardo Horta faz dragão cair ao 59º jogo

STOP ao Dragão. Após 58 jogos consecutivos sem perder, o FC Porto voltou a cair no campeonato e perdeu no final da tarde desta segunda-feira por 0-1 na visita à Pedreira.

Decorria o minuto 54 quando Ricardo Horta carimbou o único golo – o 100º na carreira – deste encontro da 31ª jornada da Liga Bwin.

Carlos Carvalhal fecha a segunda volta com três triunfos diante de Sporting, Benfica e “azuis-e-brancos” e os arsenalistas asseguram desde já o quarto lugar, por seu turno, os portistas não serão campeões nesta ronda e adiam os festejos…

O “dragão” entrou em cena com a corda toda, assumiu o controlo das incidências com um desenho em diamante na zona central e imprimiu um ritmo alto, que se manteve no primeiro quarto-de-hora.

Porém, aos poucos, os da casa foram acertando nas marcações, com Tormena a vestir a pele de defesa-esquerdo e Rodrigo Gomes a fechar o meio-campo, num 4x4x2 a defender que equilibrou o duelo.

Na recta final, o Braga encontrou espaços no losango desenhado por Conceição para explorar os flancos: Ricardo Horta (41’) atirou aos ferros e Ruiz (44’) não derrubou um muro chamado Diogo Costa.

A ocasião mais clara dos da Invicta foi um corte de Paulo Oliveira (25’) que quase redundava num autogolo, valeram as mãos de Matheus e os ferros da baliza. Dos oito remates dos forasteiros, nenhum foi enquadrado.

Com um remate, 25 acções com a bola e quatro acções defensivas no meio-campo contrário, Ricardo Horta era o MVP ao intervalo com um GoalPoint Rating de 6.0.

Já com João Mário na vaga de Evanilson, pertenceu a Pepê o primeiro “tiro” enquadrado do Porto, mas a resposta dos anfitriões foi letal e Ricardo Horta culminou um excelente desenho de contra-ataque que começou nos pés de Al Musrati, passou por Abel Ruiz e culminou na precisão do capitão bracarense.

Em desvantagem, os “dragões” foram em busca do prejuízo, refrescaram as unidades ofensivas, mas não tiveram o discernimento necessário para conseguiu desmontar um adversário que defendeu com um bloco baixo, Galeno (79’) e Otávio (93’) ainda ameaçaram, mas o resultado estava fechado.

A última vitória do FC Porto em Braga foi em 2018/19, quando ganhou por 2-3.

Melhor em Campo

Dezasseis golos na Liga, 20 em todas as provas esta temporada e 100 “tiros” certeiros na carreira.

Ricardo Horta é uma espécie de seguro de vida para o SC Braga e voltou a ser decisivo, não só pelo tento que apontou, mas também pela forma como alimentou os ataques da equipa e soube conferir inteligência em quase todas acções que teve.

O avançado concluiu o duelo com dois remates, um golo, três passes para finalização, 46 acções com o esférico, seis acções defensivas no meio-campo do FC Porto, quatro desarmes e foi o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.4.

Destaques do Braga

Tormena 6.8 – Importante na segurança que a equipa teve ao longo do jogo, fechou o lado esquerdo e, na fase final, foi um dos três centrais. Levou a melhor em três dos quatro duelos aéreos defensivos em que interveio, recuperou a posse em sete ocasiões e fez cinco alívios.

Paulo Oliveira 6.0 – Esteve atento na fase de maior aperto com dois cortes decisivos. Realce para as cinco intercepções e seis alívios que coleccionou, bem como para os quatro duelos aéreos defensivos que ganhou em sete.

André Horta 5.8 – Foi das peças mais esclarecidas dos minhotos, com um remate, dois passes valiosos, 50 acções com a bola e três desarmes.

Al Musrati 5.4 – É deliciosa a abertura que fez no lance do golo. Os dois passes de risco e as sete perdas de bola acumuladas acabam por prejudicar a nota final.

Destaques do Porto

Diogo Costa 6.7 – Sem hipóteses do golo sofrido, foi uma espécie de muralha na baliza do FC Porto. Muito lesto a sair dos postes, demonstrou ainda excelentes reflexos. Acabou o encontro com quatro intervenções de elevado grau de dificuldade, três dos quais em remates que nasceram no interior da área.

Vitinha Ferreira 6.1 – Sempre de cabeça levantada, parece um veterano a jogar, tentou remar contra a maré com quatro remates, um enquadrado, todos de fora da área, somou dois passes para finalização, um de ruptura, nove passes aproximativos e três super aproximativos, um total de 113 acções com a bola – máximo no encontro – e excelentes 11 recuperações de bola, outro máximo no duelo.

Galeno 6.0 – No reencontro com o antigo clube, esteve em acção 29 minutos, tempo suficiente para ser um dos melhores dos “dragões” com um remate perigoso, três passes para finalização, quatro passes valiosos e quatro acções com a bola na área bracarense.

João Mário 5.8 – Entrou ao intervalo e tentou imprimir outra vivacidade ao flanco direito com quatro cruzamentos, três desarmes e três recuperações de posse.

Pepê 5.7 – Pertenceu-lhe o primeiro remate enquadrado da equipa. Teve algumas dificuldades enquanto actuou com lateral-direito e subiu de produção quando foi extremo. Foi eficaz em apenas dois dos seis dribles tentados e acumulou 21 perdas de bola.

Otávio 5.6 – Ficou a centímetros do empate nos descontos. Autor de dois remates, percorreu várias posições no terreno ao longo da partida, registando três passes para finalização, nove aproximativos e três desarmes.

Francisco Conceição 5.6 – Voltou a entrar bem desde o banco com dois passes para finalização e oito passes certos em outros tantos tentados.

Pepe 5.4 – Não teve pernas para acompanhar Abel Ruíz na jogada do golo. Contabilizou duas intercepções, quatro alívios e oito passes de risco falhados, mas acertou sete de 12 longos.

Evanilson 5.3 – Estava a ser o elemento de ataque mais em evidência na etapa inicial com desmarcações inteligentes, um remate, duas acções com a bola na área contrária e dois dribles eficazes em dois arriscados, quando ficou nos balneários ao intervalo.

Taremi 5.2 – O iraniano não conseguiu superar a defensiva adversária, mas nunca desistiu. Terminou o jogo com quatro remates e nove acções com a bola na área “arsenalista”. Desperdiçou quatro passes de risco e fez três maus controlos de bola.

Zaidu 4.6 – Teve a pior nota da partida, registo que se explica com 15 perdas de bola, 11 passes de risco falhados e nenhuma acção defensiva acumulada.

Resumo

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