Equipa de Matosinhos estava na terceira divisão nacional mas chegou à final da Taça de Portugal, contra o campeão Sporting.
12 de Maio de 2002. Se esta data for referida em Matosinhos, certamente que muitos locais vão dizer que viajaram mais de 600 quilómetros nesse dia.
Nesta quinta-feira completaram-se 20 anos da final invulgar da Taça de Portugal, entre o recente campeão nacional Sporting e uma equipa que estava no terceiro escalão, o Leixões.
Sendo uma equipa da II Divisão B, o Leixões entrou cedo na Taça: na segunda eliminatória afastou o Pevidém, depois o Chaves, mais tarde Varzim, Moreirense, Portimonense e (surpreendentemente) foi a Braga ganhar nas meias-finais.
Chegou à final, lutou, equilibrou o duelo com o Sporting mas o inevitável Mário Jardel marcou aos 39 minutos o único golo do jogo. 1-0 para os “leões”.
Mas o Leixões marcou presença na edição seguinte da Taça UEFA, por ter estado no Jamor.
20 anos depois, olhamos para o que aconteceu depois deste jogo à carreira dos 14 futebolistas que jogaram nesse dia, no Estádio Nacional.
Ferreira era o guarda-redes. É o único elemento que já morreu. Faleceu pouco depois, em 2004, quando se sentiu mal durante um passeio. Era treinador de guarda-redes na União de Leiria nessa altura.
Nos defesas: Nuno Silva jogou quase sempre no Leixões até se retirar dos relvados em 2014 (só esteve no Penafiel durante um ano); Sérgio Abreu estava quase a encerrar a carreira, ainda passou por Felgueiras e Lixa; Luís Barros jogou até 2008, passando por Pedras Rubras e Ribeirão; e José António terminou a sua carreira dois anos depois, sempre no Leixões.
Os médios: Odé saiu do Leixões duas épocas depois, jogando depois na Costa do Marfim e em França; Berisovic retirou-se igualmente dois anos depois, tendo estado no Beira-Mar de Monte Gordo na última temporada; o capitão Abílio retirou-se no ano seguinte, ainda no Leixões (sendo também o seu treinador)
Entre os avançados: Pedras ainda em 2020 jogava no Leixões…nos veteranos; Detinho ainda esteve no Imortal mas em 2006 rumou até Hong Kong e por lá ficou durante uma década, até que deixou de jogar; Antchouet, o goleador da equipa, jogou até 2017 e passou por diversos clubes e países (Belenenses, Alavés, Vitória Guimarães, Estoril e Moreirense, entre outros).
Nos suplentes, Cerqueira passou por diversos clubes portugueses até 2015 (Paredes, Cinfães, Rebordosa e Aliança de Grandra); Bruno China só abandonou os relvados há quatro anos, tendo jogado ainda por Maiorca, Rio Ave, Académica e Belenenses, antes de voltar ao Leixões; e Tozé Pereira também apareceu nos veteranos do Leixões, na época passada.
O treinador era Carlos Carvalhal, que lidera agora o Sporting de Braga. E que já passou pelo Sporting.
Para fechar, voltamos a 2002: o Leixões chegou à final da Taça de Portugal mas não subiu de divisão. Terminou a zona norte da II Divisão B com os mesmos pontos do campeão Marco. Melhor ataque e melhor defesa para os homens de Matosinhos. Mas, devido ao confronto directo, foi o Marco a subir de divisão.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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