“Tenho que me eliminar das redes sociais, fazem muito mal”, confessa Paula Badosa

Paula Badosa

Número 3 da tabela WTA não chega como queria a Roland Garros: “Gostaria de estar menos exposta e mais tranquila”, admite a espanhola.

No próximo domingo, 22 de Maio, começa o segundo Grand Slam do ano, no ténis: o Roland Garros.

Paris vai receber uma Paula Badosa mais intranquila do que a própria desejava: “Não chego aqui como gostaria. Gostaria de estar menos exposta e mais tranquila. Mas é o preço a pagar”.

A espanhola admitiu que, agora, tem noção de que teria sido melhor abdicar de um dos torneios recentes em terra batida – não disse qual. “Mas venho preparada, trabalhei muito bem. Estou muito preparada, física e desportivamente”, assegurou.

A número 3 da tabela WTA repetiu que “mentalmente” preferia ter chegado a França um pouco mais tranquila. “Mas é um Grand Slam, todos temos os nervos à flor da pele e leva a melhor quem gere isso da melhor forma”, disse, em conferência de imprensa durante um evento promocional.

A tenista de 24 anos “saltou” para o mediatismo internacional no ano passado, devido aos seus resultados nos courts. E nem sempre lida da melhor maneira com essa pressão mediática.

“Depende do dia. Foi algo que apareceu de repente, porque ainda há um ano estava no número 70 na tabela WTA e depois cheguei a estar no número 2. Foi um crescimento muito grande, algo que não esperas. Sempre acreditei que poderia conseguir bons resultados no ténis mas não esperava isto de um dia para outro, tão rápido – e não é fácil lidar com isso”, admitiu Paula.

E a confissão prolongou-se: “Agora estou muito exposta. Todos esperam que ganhe todos os jogos. Isso não é normal. É complicado lidar e estou a aprender a gerir. Estou a trabalhar com a minha equipa, com profissionais. Espero que consiga gerir isso melhor”.

Uma das decisões está tomada: afastar-se do mundo das redes sociais. “A primeira coisa que aprendi é que tenho que me eliminar das redes sociais. Fazem muito mal porque é muito fácil falar sem estar dentro do contexto. Faço o melhor que posso e é muito fácil estarem a julgar-me constantemente, de fora”.

“O que também me ajudou foi falar sobre as coisas, expressar a cada momento como me sinto”, comentou Paula Badosa, que já passou por uma depressão e, admite, o “medo” de voltar a essa fase está sempre presente. Mas o ambiente e as pessoas à sua volta ajudam a afastar-se do fundo.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *