A aquisição do Chelsea pelo consórcio liderado pelo norte-americano Todd Boehly foi finalizada nesta segunda-feira, pondo fim a 19 anos de liderança do oligarca russo Roman Abramovich no clube inglês.
“O consórcio liderado por Todd Boehly, presidente e director-executivo da Eldridge, e o Clearlake Capital Group, anuncia a finalização da transferência da propriedade do Chelsea Football Club”, pode ler-se numa nota hoje publicada no site dos “blues”.
O consórcio que agora lidera os londrinos inclui ainda Hansjörg Wyss e Mark Walter. Walter e Boehly são já donos de três equipas de Los Angeles: os Dodgers (basebol) e os Lakers e Sparks (basquetebol).
Com todas as licenças necessárias aprovadas, seja do governo britânico, seja da Liga inglesa, o acordo deixa Boehly no comando do clube, partilhando o controlo com a Clearlake.
“[Os novos donos] estão empenhados em investir em áreas-chave para estender e aumentar a competitividade do Chelsea, incluindo a remodelação de Stamford Bridge e o maior investimento na academia, na equipa feminina, e no estádio de Kingsmeadow, além do trabalho da fundação”, pode ler-se na nota.
Segundo Boehly, citado em comunicado, o objetivo agora “é deixar os adeptos orgulhosos”, através do investimento “a longo prazo”, de modo a “continuar a construir a história fenomenal de sucesso” do emblema.
Consortium led by Todd Boehly and Clearlake Capital completes acquisition of Chelsea Football Club.
— Chelsea FC (@ChelseaFC) May 30, 2022
Da parte da Clearlake, uma citação atribuída aos cofundadores Behdad Eghbali e José Feliciano nota a vontade de investir em infraestruturas, tecnologia, e ciência desportiva, para apoiar os desígnios desportivos e comerciais do Chelsea.
A venda do Chelsea, ainda detido por Abramovich e alvo de sanções ligadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros), tinha sido comunicada no dia 7 de maio, e foi aprovada pela Liga inglesa de futebol na terça-feira.
Nessa mesma noite, Portugal recebeu uma carta do russo Roman Abramovich, que tem passaporte português, pedindo autorização para a venda do clube, que recebeu ‘luz verde’ na quinta-feira.
Em comunicado, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que as duas autoridades nacionais competentes — Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério das Finanças — autorizaram o pedido recebido da parte de Roman Abramovich “para uma derrogação humanitária, permitindo que o clube inglês seja transacionado”.
A posição do Governo português conta com a concordância da Comissão Europeia, adiantava o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O clube britânico, terceiro colocado na última edição da Premier League, atuou ao longo da última fase da temporada com algumas limitações precisamente por causa das sanções impostas a Abramovich.
Até aqui, o Chelsea operou com uma autorização especial que expira na terça-feira e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.
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