Pecou por escasso. O início do jogo até parecia mostrar um Benfica envergonhado mas foi puro engano. As águias devoraram os lobos dinamarqueses por 4-1, mas o triunfo poderia ter sido ainda mais expressivo não fosse o desperdício “encarnado”.
No próximo dia nove, a equipa de Roger Schmidt tentará carimbar em solo nórdico a passagem para os playoffs que dão acesso à fase de grupos e aos milhões da Liga dos Campeões.
Gonçalo Ramos, com um um hat-trick, e Enzo Fernández assinaram os golos “benfiquistas”, Sisto reduziu para o Midtjylland da marca dos 11 metros.
Ao contrário do que se poderia esperar, os forasteiros entraram melhor em cena e conseguiram controlar os primeiros momentos do encontro.
Com o bloco subido, tinham na verticalidade de Sisto (autor do primeiro remate do duelo aos 11′) uma arma que incomodava os encarnados.
Porém, a magia de Neres e a eficácia de Ramos deram o nome à sociedade que começou a dinamitar os dinamarqueses.
O extremo brasileiro abriu a lâmpada com requintes de malvadez e assistiu em duas ocasiões o avançado.
Para finalizar um período avassalador – Rafa preferiu assistir Ramos (36′) em vez de rematar e Olafsson voou e negou o golo a Grimaldo (39′) -, Enzo Fernández culminou com um “míssil” um canto de laboratório cobrado por João Mário.
Após o susto inicial, o Benfica soltou-se das amarras, viu Neres assumir a batuta e chegou ao descanso com uma vantagem confortável, bem ilustrada pelos números.
Na etapa final, os visitantes subiram as linhas em busca do prejuízo e abriram uma autoestrada que o Benfica, com um futebol envolvente, pressionante e dinâmico, não soube aproveitar para sentenciar desde já a eliminatória.
Além do golo de Gonçalo Ramos, ficaram próximos de marcar em oito ocasiões: Ramos aos 47’, 57’, 63’ e 75’, João Mário aos 49’, Neres aos 59, Grimaldo aos 67’ e Yaremchuk 88’. Um erro de cálculo de Morato, acabou por acalentar as reduzidas esperanças do Midtjylland para o duelo da 2.ª mão…
Melhor em Campo
Muito se tem falado da possibilidade de Gonçalo Ramos abandonar o Benfica ainda no decurso deste mercado de transferências.
O jovem “pistolas” vai passando ao lado das novelas e tem aproveitado para demonstrar a veia goleadora que sempre patenteou nos escalões de formação e na equipa B.
Mais próximo da baliza e menos preocupado em correr atrás da bola, continua a pressionar e vai aproveitando a companhia de Neres, Rafa, João Mário e companhia para fazer golos.
Carimbou um hat-trick, tornando-se o terceiro jogador mais jovem do clube a fazê-lo nas competições europeias, depois de João Félix e Eusébio, e a folha de serviço poderia ter sido ainda mais ampla.
Em 76′, realizou oito remates, orquestrou dois passes para finalização, acumulou 12 acções com a bola na área contrária e ainda ajudou nas tarefas defensivas com quatro acções defensivas no meio-campo dinamarquês.
Não tivesse o Gonçalo acumulado as quatro ocasiões flagrantes perdidas e dificilmente lhe escaparia o 10.0.
Resumo
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