Sérgio Conceição não quer voltar a ver os seus craques saírem a preço de saldo. O treinador teme que Diogo Costa seja o próximo Luis Díaz.
O FC Porto apresentou o seu Relatório e Contas, onde se verifica que teve um resultado líquido positivo de 20.765 milhões de euros no exercício financeiro de 2021/22.
Acaba o regime de fair-play financeiro da UEFA, lembrou o administrador Fernando Gomes: “É um excelente ano para o FC Porto, que definitivamente fica fora do fair play financeiro. Terminou, foram quatro anos de exigências que foram integralmente cumpridas com estas contas. O FC Porto deixa de ter qualquer constrangimento nesse sentido”.
A celebração dos resultados financeiros do clube não agradou ao treinador portista. Antes do jogo com o Bayer Leverkusen, Sérgio Conceição disse que “o lado financeiro não tem correspondido ao sucesso desportivo”.
“Há esse lado financeiro… não me cabe a mim, mas quem se ocupa disso, trabalhar nesse sentido. O que me parece que não tem correspondido ao que tem sido a evolução dos jogadores e ao sucesso desportivo”, disse o timoneiro ‘azul e branco’.
Conceição refere-se às vendas que o emblema do Dragão tem feito recentemente. Um dos pontos de discórdia entre o treinador e a direção é Luis Díaz.
Conceição só admitia a venda do colombiano pela cláusula de rescisão de 80 milhões de euros. Todavia, o futebolista acabaria vendido ao Liverpool por 47 milhões de euros — quase metade do valor da cláusula de rescisão.
O extremo era um dos membros mais importantes do plantel e a sua saída a meio da época foi um duro golpe para as aspirações portistas. Ainda assim, o título de campeão nacional não escaparia ao clube.
Sérgio Conceição teme agora que Diogo Costa, que se tem assumido como a principal pérola do plantel portista, se torne o próximo Luis Díaz.
O internacional português de 23 anos é o dono indiscutível da baliza portista e, segundo o Transfermarkt, está cotado em 25 milhões de euros. O guarda-redes tem uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros e um contrato que se prolonga até junho de 2026.
Luis Díaz não foi, contudo, o único jogador que saiu por um preço abaixo do desejado. A saída de Vitinha para o PSG, por 41,5 milhões de euros, também foi contestada. A venda de Fábio Vieira ao Arsenal, por 35 milhões de euros, foi considerada insuficiente por muitos. Os 5 milhões de euros encaixados com a venda de Francisco Conceição ao Ajax deixaram os adeptos desiludidos.
Há ainda o caso de Sérgio Oliveira, que saiu por 3 milhões de euros para o Galatasaray. Muitos adeptos consideram que a situação do médio português foi mal gerida e que este foi um valor reduzido face à cobiça de outros emblemas num passado recente.
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