Telma Monteiro e cinco outros atletas solicitaram a intervenção do Governo para a resolução dos atuais problemas que se vivem na Federação Portuguesa de Judo (FPJ).
A situação culminou , esta semana, com o despedimento da selecionadora nacional Ana Hormigo. No documento, os judocas dizem-se “exaustos mentalmente” e sinalizam a “chantagem e ameça inaceitável” por parte de quem está à frente do organismo.
Para além de Telma Monteiro, primeira signatária da carta, constam também os nomes de Bárbara Timo, Rochele Nunes, Patrícia Sampaio e Anri Egutidze (atletas olímpicos) e Rodrigo Lopes. O texto fala do “momento crítico” que a modalidade vive em Portugal, referindo, por exemplo, a retirada de verbas ao projeto olímpico, mas também o referido despedimento. É também apontada a existência de mais casos que “prejudicam gravemente” a “conduta de excelência” dos atletas, “criando um ambiente de insustentabilidade emocional para todos”.
Em cima da mesa estão também divergências relacionadas com a atribuição das verbas dedicadas ao projeto olímpico, depois de ter sido comunicado a Rodrigo Lopes e Telma Monteiro que os valores já tinham sido gastos na totalidade, uma ideia que os dois contestam, alegando, por exemplo, a realização de um menor número de estágios e competições ao longo do ano. Acusam ainda o responsável federativo Jorge Fernandes de se recusar a fornecer dados relacionados com a utilização das verbas. “É inadmissível o escamoteamento de contas e a falta de transparência“.
Os atletas falam ainda em “mais uma ameaça” derivada da mesma carta, com o presidente da Federação Portuguesa de Judo a informar os signatários da sua intenção de os colocar em tribunal, acrescentando, ainda, em tom irónico que podiam “fazer queixas ao secretário de Estado”. “Interpretamos esta declaração como chantagem e uma ameaça inaceitável, que terá de ser encaminhada aos nossos advogados”, esclarecem os judocas.
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