Boavista 1-4 Porto | Galeno “nota 10” dinamita o Bessa

Muito fácil. O Porto fechou a “sua” Liga bwin antes do Mundial do Qatar com uma vitória categórica por 4-1 no dérbi portuense, em casa do Boavista.

O histórico já apontava para um triunfo mais ou menos expetável dos “dragões”, que não perdem no Bessa desde 2007. Aliás, o resultado deste sábado fez aumentar para nove as vitórias consecutivas do “azuis-e-brancos” em casa do rival da Invicta e para dez as partidas de invencibilidade.

Neste período (desde 2007) as “panteras” não marcaram qualquer golo ao Porto e sofreram… 19, mas desta feita quebraram o enguiço e faturaram, apesar de terem acumulado mais quatro tentos concedidos. Marcano, Eustaquio e Galeno (2) coloriram a festa visitante, com o brasileiro a arrasar e a chegar à nota máxima.

Evanilson saiu com uma lesão potencialmente grave e Pepe regressou aos relvados, entrando perto do fim.

Mais uma vez sem David Carmo, agora nem no banco, o Porto começou o jogo em cima do reduto defensivo dos “axadrezados”, à procura de um golo cedo, e Galeno esteve quase a inaugurar o marcador, aos sete minutos, mas Bracali respondeu com uma grande defesa com um pé.

O brasileiro ia demonstrando uma grande facilidade para ultrapassar adversários na esquerda, em especial fletindo para o meio, o que ia desposicionando a defesa boavisteira, e era assim que os “dragões” iam criando mais perigo.

A superioridade “azul-e-branca” era clara e o golo acabou por surgir com naturalidade. Canto da esquerda, Evanilson desviou de cabeça e, ao segundo poste, Iván Marcano (41′) surgiu a finalizar com sucesso. Até final do primeiro tempo, o destaque, negativo, foi para a lesão aparentemente complicada de Evanilson no joelho esquerdo, mesmo ao soar do apito.

Galeno era o MVP ao descanso, com um GoalPoint Rating de 7.2. O extremo contabilizava dois remates, ambos enquadrados, excelentes seis acções defensivas, mas acima de tudo uma grande capacidade de transportar a bola, com seis conduções aproximativas e uma super aproximativa.

O segundo amarelo a Reggie Cannon (segunda falta sobre Galeno), mostrado pelo árbitro aos 58 minutos, deixou o Boavista reduzido a dez elementos bem cedo na etapa complementar. Estava o caminho aberto para um triunfo descomplicado do Porto, que ampliou aos 64 minutos, por Stephen Eustaquio, após um belo remate na grande área.

Ainda assim, os homens da casa conseguiram criar o seu melhor lances de perigo já com menos um jogador, quando Róbert Boženík, aos 75 minutos, rematou de longe e a bola embateu no poste direito da baliza de Diogo Costa.

Porém, era pouco e o Porto, esse sim, voltou a marcar, aos 83 minutos, por Galeno, isolado perante Bracali.

Os “axadrezados” reduziram nos descontos, num livre de Kenji Gorré que bateu no poste e nas costas de Diogo Costa, antes de entrar. Contudo, no reatamento o Porto fez de imediato mais um golo, de novo por Galeno, isolado. Final frenético no Bessa.

Melhor em campo

Aqui está, o primeiro GoalPoint Rating de 10.0 na Liga bwin 2022/23, o terceiro do FC Porto esta temporada – se quisermos contar a Supertaça como sendo já esta época -, com os dois alcançados por Taremi. Galeno arrasou por completo o Boavista no Estádio do Bessa e chegou ao feito pouco visto entre equipas portuguesas.

O brasileiro fez dois golos em cinco remates (máximo do jogo), quatro enquadrados, recebeu 11 passes aproximativos, somou oito ações com bola na área contrária, oito conduções aproximativas e três super aproximativas, e ainda ajudou com dez ações defensivas, cinco delas no meio-campo contrário – fez quatro desarmes e três interceções. Está na melhor fase da carreira.

Destaques do Porto

Otávio 8.6

Jogo fantástico, mais um, do “mundialista” Otávio. O médio portista terminou o jogo com duas assistências em excelentes seis passes para finalização, realizando três passes de ruptura. Depois foi vê-lo trabalhar e a acumular quatro desarmes, tendo terminado o jogo como elementos mais carregado em falta (6).

Uribe 8.6

Uma centésima apenas atrás de Otávio ficou Uribe, que regressou finalmente às grandes exibições.

O médio criou uma ocasião flagrantes em três passes para finalização, fez dois passes de ruptura, contabilizou o máximo de passes tentados (78) e completos (70), acertou dez de 13 passes longos, fez 13 passes aproximativos e quatro super aproximativos, somou o máximo de acções com bola (99), ganhou todos os seis duelos aéreos em que participou e terminou com o máximo de recuperações de posse (11) e intercepções (5). Até cansa.

Eustaquio 7.4

Está feito um senhor jogador. O médio fez mais um golo e trabalhou muito, com destaque para dez recuperações de posse e três desarmes. Foi dos mais rematadores, com três disparos.

Marcano 6.6

Mais um jogo, mais um golo. O espanhol renasce regularmente, quando se pensa que já não conta tanto neste Porto. Tem jogado e marcado e voltou a fazê-lo, abrindo o activo na primeira parte. Terminou com 91% de eficácia de passe, sete passes longos certos em oito e ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos.

Fábio Cardoso 6.4

O ex-Santa Clara está a jogar bem e nem se tem dado pela ausência de Pepe. No Bessa foi um dos melhores, tendo completado todos os 58 passes que realizou, incluindo 11 longos.

Toni Martínez 5.8

O espanhol entrou para o lugar do azarado Evanilson e teve pouco impacto, com destaque apenas para três conduções aproximativas e uma super aproximativa, bem como para dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três.

Taremi 5.8

O iraniano esteve, desta feita, menos influente. Ainda assim rematou bastante (4), assinou uma assistência e quatro acções defensivas no meio-campo boavisteiro.

Evanilson 5.5

O azarado da noite. Mesmo em cima do apito para o intervalo lesionou-se aparentemente com gravidade no joelho esquerdo, sendo substituído. Até lá realce para a assistência para o golo de Marcano, quatro acções com bola na área contrária e um passe falhado em 11.

Destaques do Boavista

Bracali 5.9

O Boavista não conseguiu travar a avalancha ofensiva do Porto e Bracali fez o que pôde. O veterano guardião foi o melhor dos homens da casa, com quatro defesas, três a remates na sua grande área e ainda realizou três lançamentos longos eficazes.

Malheiro 5.5

O lateral-direito viu-se e desejou-se perante Galeno, mas curiosamente foi dos que melhor lidou com o brasileiro, que teve de fletir muitas vezes para o meio, onde, aí sim, foi decisivo. Malheiro completou dois de três dribles, fez sete recuperações de posse e somou 11 ações defensivas, uma delas um corte decisivo.

Resumo

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