A entidade que organiza o Campeonato do Mundo de Futebol pode, agora, enfrentar um processo judicial por “quebra de contrato” se a Budweiser entender que a proibição afecta as suas receitas. Poderá, nesse caso, exigir uma indemnização milionária.
A decisão de proibir a venda de álcool nos estádios e no perímetro dos mesmos foi tomada a pedido da família real do Qatar, segundo notícia avançada pelo jornal britânico The Times.
No Qatar, o consumo de álcool é bastante restrito e a bebida pode ser consumida apenas em alguns hotéis da capital. O álcool não é vendido em supermercados e os preços das bebidas podem alcançar valores muito elevados – um litro de cerveja chega a custar mais de 13 euros.
Contudo, havia a ideia de que, durante o Mundial 2022, os regulamentos quanto ao consumo de álcool seriam relaxados.
Mas, “no seguimento de discussões entre as autoridades do país anfitrião e a FIFA, a decisão foi concentrar a venda de bebidas alcoólicas no Fan Festival FIFA, noutros locais de adeptos e em locais licenciados, retirando os pontos de venda de cerveja do perímetro dos estádios do Mundial 2022″, avança, agora, a FIFA numa nota citada pelo The Guardian.
“Não haverá impacto na venda da Bud Zero [versão sem álcool] que continuará disponível em todos os estádios do Qatar”, aponta ainda a FIFA.
O The Guardian também cita uma publicação no Twitter da marca de cervejas norte-americana pouco depois da oficialização da proibição, onde se notava que “é estranho”. A publicação da Budweiser foi, entretanto, apagada.
Durante o Mundial 2022, hotéis, zonas de fãs e estádios criaram períodos específicos em que é permitida a venda de álcool, embora com limitações, como a impossibilidade de comprar mais de duas cervejas ao mesmo tempo.
De acordo com uma fonte citada pelo jornal, é provável que os fãs sejam alertados antes do jogo de abertura, entre Qatar e Equador, de que não podem consumir cerveja.
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