A Fórmula 1 anunciou oficialmente a formação de uma nova série só de mulheres, que terá início em 2023. A academia será dirigida e apoiada financeiramente pelo grupo da F1, com a intenção de ajudar as jovens a progredir nas corridas motorizadas.
O novo campeonato terá cinco equipas, cada uma com três pilotos, coordenadas por pilotos das séries de F1, F2 e F3. Durante a temporada haverá sete encontros, com três corridas em cada evento. O calendário tem ainda de ser confirmado, mas espera-se que inclua um fim-de-semana de F1, noticiou esta sexta-feira o Guardian.
“Todos devem ter a oportunidade de seguir os seus sonhos e alcançar o seu potencial e a Fórmula 1 quer garantir que estamos a fazer tudo o que podemos para criar maior diversidade e rotas para este incrível desporto”, disse o CEO da F1, Stefano Domenicali.
A última mulher a competir num grande prémio de F1 foi Lella Lombardi, que correu na Áustria, em 1976. A falta de fundos para apoiar a entrada de mulheres no desporto motorizado tem sido um obstáculo.
Nesta iniciativa, a F1 subsidiará cada carro com um orçamento de 150.000 euros e as condutoras terão de igualar esse valor com patrocínios próprios. As equipas, que ainda não foram criadas, cobrirão os custos remanescentes.
A série utilizará um chassis Tatuus T421 com motor turbo, com 165 cavalos de potência, uma combinação equivalente aos utilizados nos campeonatos de F4 em toda a Europa.
A intenção da F1 é oferecer às mulheres acesso ao tempo de pista e às corridas, ajudando-as a desenvolver as suas capacidades com equipas profissionais. Espera-se que o projeto torne a entrada na F3 mais acessível.
“O nosso objetivo é ver pilotos femininos na grelha da F3 nos próximos dois a três anos “, disse Bruno Michel, o diretor-geral da Academia de F1. “Esperamos que esta categoria inspire mais jovens raparigas a competir no desporto motorizado ao mais alto nível”, indicou.
Por sua vez, Catherine Bond Muir, CEO da Série W, referiu que “é fantástico ver isto crescer como resultado do nosso trabalho pioneiro”. “A Série W acolhe qualquer iniciativa que partilhe a nossa ambição de proporcionar mais oportunidades para as mulheres no desporto automóvel”, acrescentou.
“O nosso objetivo desde o início tem sido sempre o de aumentar a reserva de talentos de mulheres automobilistas e a criação da Academia F1”, que se junta “à Série W e a outras séries, é mais um passo para inspirar a próxima geração a progredir” no “desporto motorizado”.
A Série W cancelou as últimas três corridas desta temporada devido a um défice financeiro, relatou ainda o Guardian.
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