Manuel Neuer também usou no seu braço direito uma das braçadeiras banidas pela FIFA.
Num Mundial que tem tido mais histórias fora de campo do que dentro dele, o dia de hoje marcará certamente um novo capítulo. Após várias seleções europeias terem dado um passo atrás na decisão de envergarem uma braçadeira aos direitos LGBT+, na sequência de um aviso da FIFA de que os capitães começariam as partidas com um cartão amarelo, a seleção alemã, em tom de protesto, “posou” para as fotografias com a boca tapada, numa clara alusão ao que entendem ser uma censura por parte do organismo que tutela o futebol mundial.
Para além do gesto, o guarda-redes Manuel Neuer também usou no seu braço direito uma das braçadeiras banidas pela FIFA, com a mensagem One Love, novamente uma referência ao movimento LGBT+.
Neuer having his captain’s armband checked by an assistant referee before kick off. pic.twitter.com/Jb41MQ9fRG
— ESPN FC (@ESPNFC) November 23, 2022
Ainda antes da seleção ter entrado em campo, o assunto já tinha virado tema político na Alemanha, com vários governantes a mostrarem publicamente o seu apoio aos jogadores no Qatar. “Não sou o assessor de imprensa da Federação Alemã e não sou Manuel Neuer, mas a oportunidade está lá. Sou um político a tentar fazer o meu trabalho corretamente, mas o que aconteceria se eles o fizessem? Eu gostaria de saber e arriscaria”, declarou o vice chanceler alemão.
Também Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, em Doha para assistir à estreia da mannschaft no Mundial, declarou-se contra a postura da FIFA , acusando-a de estar a cometer um “erro gravíssimo“.
“Isto não está correto, como as federações estão a ser pressionadas. Estas não eram as garantias de segurança que eu tinha recebido do ministro do Interior [do Qatar]. Nos tempos atuais, é incompreensível que a FIFA não queira que as pessoas se oponham abertamente à tolerância e à discriminação. Não se enquadra no nosso tempo e não é apropriado para as pessoas“.
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