O Brasil está nos oitavos-de-final do Mundial de 2022. O triunfo frente à Suíça, por 1-0, garantiu esse objetivo, mas nada foi fácil para a “canarinha”.
Os helvéticos apertaram o “garrote” tático e deram poucos espaços aos brasileiros, que apenas conseguiram decidir a partida perto do fim, aos 83 minutos, através de um golo estupendo de Casemiro.
A Suíça complicou a vida ao Brasil com a sua estratégia de pressão sobre a primeira fase de construção da “canarinha”, e depois saturando a zona central do meio-campo, com jogadores a caírem sobre o portador da bola.
Em especial Rubén Vargas, na esquerda, e Embolo, no meio, mas também a espaços Djibril Sow e Fabian Rieder (este mais à direita), iam realizando pressão forte sobre a defesa brasileira. Assim, as ocasiões de golo escassearam, sendo a melhor de Vinícius Jr., aos 27 minutos, no primeiro remate brasileiro, para grande defesa de Sommer.
E era precisamente o guardião suíço o melhor na primeira parte, com um Goalpoint Rating de 6.0, graças a duas defesas, a mais espetacular no tal remate do extremo do Real Madrid, Vinícius.
Mais do mesmo no segundo tempo, mas ficou notório que a Suíça corria grandes riscos se aligeirasse um pouco a sua estratégia e subisse mais no terreno. É que aos 65 minutos, num momento de construção, os helvéticos deixaram poucos elementos atrás e Vinícius aproveitou para se isolar e marcar. Só que o lance foi anulado por fora-de-jogo de Richarlison.
Adivinhava-se o tento brasileiro, que surgiu aos 83 minutos, por um nome menos provável. Casemiro recebeu de Rodrygo na área e arrancou um pontapé fortíssimo que só parou no fundo das redes.
Um golo que decidiu a partida, obrigou o Suíça a subir no terreno e deu possibilidade a Rodrygo para ampliar, mas o atacante “canarinho” não conseguiu bater Sommer. O suficiente, contudo, para o apuramento desde já.
Melhor em campo
Um portista marcou e resolveu, mas outro esteve num nível muito elevado e foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5. Alex Sandro esteve implacável defensivamente, não perdendo quase duelos, com destaque para o máximo de recuperações de posse (11) e de desarmes (7).
Esteve sempre muito em jogo, acumulando 93 ações com bola, e subiu para fazer um passe para finalização e três cruzamentos de bola corrida.
Brasil
Casemiro 6.6
O médio do United, que já passou pelo Porto, fez o golo que apurou a “canarinha” para os oitavos-de-final. Sempre personalizado e com uma clarividência tática a toda a prova, somou o máximo de interceções (4) e de ações com bola no meio-campo contrário (4).
Marquinhos 6.3
O central não deu hipóteses aos homens mais adiantados da Suíça. Além de oito recuperações de posse e três desarmes, o jogador do PSG teve ainda libertada para subir, tendo registado quatro conduções progressivas, o máximo de ações com bola (106) e de passes completos (93) e tentados (97).
Suíça
Yann Sommer 6.7
Já é hábito Sommer ser figura de proa, e ante um Brasil que se previa atacante, esse facto torna-se mais normal. O guardião foi o melhor dos helvéticos, terminando com quatro defesas, três a remates na sua grande área.
Djibril Sow 5.8
O suíço foi importante na pressão em zonas mais adiantadas, para atrapalhar a construção mais recuada do Brasil, mas os seus números acabam por não deslumbrar, com destaque para quatro recuperações de posse.
Resumo do jogo
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