No dia seguinte ao dérbi com o Tondela, houve problemas durante e depois do jogo de juniores, com intervenção policial no fim.
Dias mais agitados – e não no bom sentido – no concelho Viseu.
Na semana passada, num jogo feminino de andebol (I Divisão) entre a Academia de Andebol de São Pedro do Sul e o Benfica, houve “insultos, intimidações físicas e agressões a diversos elementos” do Benfica, segundo o clube lisboeta.
O Benfica também criticou o “comportamento inqualificável” do director de campo dos adversários, que jogavam em casa, em São Pedro do Sul.
A equipa da casa rejeitou qualquer insulto ou agressão e disse que quem teve “comportamento incorrecto” foi o treinador do Benfica, João Alexandre Florêncio.
Ninguém sabia na altura, mas este foi apenas o primeiro de três episódios mais “quentes” naquela região.
Na sexta-feira passada, na abertura da 21.ª jornada da II Liga de futebol, houve dérbi beirão entre Tondela e Académico de Viseu. Um bom jogo que terminou com um empate (1-1).
E, como já se previa, foi um dérbi “quentinho”, sobretudo na segunda parte: muitas faltas, dificuldades para o árbitro, um jogador do Académico de Viseu expulso (Nduwarugira, com muitos protestos). Só a partir dos 90 minutos foram mostrados quatro cartões.
Jorge Costa, treinador do Académico de Viseu, não chegou ao fim da entrevista rápida, depois do jogo. Irritado com os insultos que ouvia das bancadas (e com o resultado), saiu quando ainda estava a dizer a sua primeira frase ao jornalista da Sport TV.
Durante o jogo, diversos insultos e palavrões foram ditos por adeptos do Académico de Viseu, em direcção aos adeptos do Tondela – que nunca reagiram, contou ao ZAP uma pessoa que esteve no Estádio João Cardoso.
Dentro do perímetro de segurança, nada se passou. Mas depois do jogo, já nas ruas de Tondela e fora desse dito perímetro, houve confrontos entre adeptos.
O terceiro episódio decorreu na tarde do dia seguinte, sábado. Desta vez no jogo dos juniores do Académico de Viseu, na recepção ao Lusitânia de Lourosa. O Lourosa ganhou por 2-0, neste jogo da fase de subida na II Divisão nacional.
Ainda na primeira parte, houve empurrões e momentos de tensão no relvado e na bancada. Rui Faria, o goleador do Lourosa, sentiu-se provocado por um adversário, reagiu perante o jogador e mais tarde provocou adeptos do Académico de Viseu, ao piscar o olho e ao sorrir directamente para a bancada – dois adeptos levantaram-se de imediato e ameaçaram agredir o jovem de 18 anos.
Mal o jogo terminou, e sem que nos tenhamos apercebido porquê, jogadores que estavam no banco do Académico de Viseu começaram a correr em sprint na direcção do guarda-redes do Lourosa. A confusão instalou-se nessa baliza e já estava instalada na zona do meio-campo, com empurrões, mãos na cara e expulsão de um jogador do Académico, Kaua Oliveira, mostrado já depois do apito final.
No mesmo instante, adeptos do Académico de Viseu chamaram os agentes da polícia quando se aperceberam que outro adepto – pai de um dos jogadores – entrou em campo para ir ao encontro do guarda-redes do Lourosa. Foi travado pela polícia antes de chegar lá.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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