Após dois jogos consecutivos sem vencer, o “leão” voltou a rugir e derrotou o Chaves por 3-1.
Numa partida intensa e bem jogada, os lisboetas entraram mandões, abriram a contagem, os flavienses ripostaram, chegaram ao empate e a emoção prosseguiu na etapa final com mais dois tentos para os de Alvalade, outros dois que foram anulados e uma grande penalidade desperdiçada pelos forasteiros, naquele que foi um dos melhores encontros desta edição da Liga bwin.
Pedro Gonçalves (bisou), Nuno Santos, João Teixeira e Héctor Hernández foram os goleadores de serviço na noite desta segunda-feira.
Quando o relógio assinalava o minuto sete, o Sporting já estava na frente do marcador e o golo de Pedro Gonçalves – o 13.º na época e o 11.º na Liga Bwin – dava expressão ao arranque demolidor dos comandados de Rúben Amorim, que entraram a rugir no 100.º encontro sobre o comando do treinador de 38 anos.
Os visitantes eram intensos, pressionavam alto e de forma organizada, recuperavam a bola nas proximidades da área flaviense e, até à grande penalidade – falta do guarda-redes Rodrigo Moura sobre Paulinho -, já tinham ameaçado marcar em duas ocasiões e com 11 ações com a bola na área dos transmontanos.
O Sporting manteve o domínio, apesar de ter baixado um pouco a intensidade, mas o Chaves foi ganhando embalo com a passagem dos minutos, começou a orquestrar as investidas ofensivas de forma mais criteriosa, com o alto patrocínio de João Mendes, João Teixeira e Abass, e a partida viveu um período louco, com a bola a rondar com perigo as duas áreas.
Aos 24 minutos, Paulinho atirou aos ferros, quatro minutos volvidos Juninho não passou pela muralha Adán, mas à quinta tentativa os anfitriões chegaram ao empate, por intermédio de João Teixeira, autor de um remate seco de fora da área que não deu hipóteses de defesas ao guarda-redes espanhol.
Ainda antes do intervalo, Habib Sylla cortou em cima da linha um “tiro” de Bellerín e, a fechar, Euller ainda festejou, mas no início do lance, Abass estava em posição irregular.
Pelo quinto jogo consecutivo, a turma leonina chegava ao descanso com um empate no ‘placard’. Gonçalo Inácio era o melhor em campo nesta fase com um GoalPoint Rating de 6.8, fruto de oito ações defensivas, três recuperações da posse e de 44 ações com a bola.
A história dos primeiros 47 minutos repetiu-se no reatamento, sinal mais para os lisboetas, que voltaram a reagrupar as tropas, pressionavam em bloco e com isso rondavam a baliza contrária. No espaço de 15 minutos, Paulinho marcou por duas vezes, aos 46 e 54, mas em ambas as ocasiões estava em posição irregular.
A aos 50, Nuno Santos viu Rodrigo Moura estragar-lhe a festa. Até que, instantes depois de ter subido no terreno, com a entrada de Morita para a vaga de Trincão, Pedro Gonçalves bisou com um remate forte e colocado de fora da área.
Quando o Chaves voltava a tentar empatar, os “leões” desbravaram a conquista dos três pontos, na sequência de um contra-ataque que nasceu na sequência de um canto para os flavienses. Paulinho assistiu e Nuno Santos dilatou a vantagem – antes de a bola chegar ao fundo das redes ainda desviou em Guima.
A seis minutos dos 90, Habib derrubou “Pote”, grande penalidade assinalada que o recém-entrado Chermiti desperdiçou. Já na fase de descontos, Héctor Hernández encurtou as distâncias e decretou o resultado final. No jogo 100 de Rúben Amorim ao leme, o Sporting manteve a distância para o Sporting de Braga em oito pontos, já o Chaves, que não perdia há dois jogos, não conseguiu repetir o triunfo alcançado na primeira volta em Alvalade.
Melhor em campo
Pedro Gonçalves é o verdadeiro pote de ouro dos “leões”. Começou o jogo como um dos médios, mas encheu o campo e foi decisivo, demonstrando porque razão é o melhor finalizador do plantel.
Exibição completa do camisola 28, que colecionou quatro remates ao alvo, bisou, recebeu dez passes progressivos, acertou três dos cinco dribles que tentou, teve seis ações com a bola dentro da área do Chaves, recuperou a posse de bola por oito vezes e obteve dez ações defensivas, entre as quais quatro desarmes.
E ainda sofreu a falta que esteve na génese da grande penalidade falhada por Chermiti. Por tudo isto, foi o melhor em campo do encontro com um excecional GoalPoint Rating de 9.2.
Destaques do Chaves
João Teixeira 6.8
Foi o melhor elemento do Chaves. O cérebro da equipa, destacou-se com um golo, dois cruzamentos, seis posses de bola recuperadas e quatro ações defensivas.
Rodrigo Moura 6.4
Face à ausência de Paulo Victor, foi titular pela primeira vez no campeonato e foi colocado à prova. Não obstante os três golos sofridos, foi o segundo melhor jogador da equipa da casa com cinco intervenções, uma das quais no voo que negou o 1-4 a Chermiti.
Sandro Cruz 6.1
É dele o passe que abre o caminho para o 1-1 de João Teixeira. Além da assistência, o lateral-esquerdo realizou seis passes progressivos, recuperou a posse por nove vezes e acumulou cinco desarmes.
Destaques do Sporting
Gonçalo Inácio 7.8
Boa partida do central, que fez a assistência para o 1-2, acertou sete dos dez passes longos que tentou, obteve dez passes progressivos e foi o elemento em campo com mais ações defensivas, 12, entre as quais cinco desarmes e outras tantas interceções.
Ugarte 7.3
Guardou as costas de “Pote” e foi importante na consistência apresentada pela equipa, com 11 posses de bola conquistadas, cinco ações defensivas no meio-campo contrário, num total de 11 ações defensivas – nove desarmes -, e apenas três passes falhados em 44 feitos (93% de eficácia).
Nuno Santos 6.6
Mais um bom jogo do ala canhoto. Fechou as contas da partida, num dos seis remates que arriscou, chegou aos quatro cruzamentos, seis passes progressivos e cinco ações com a bola no interior da área contrária. As duas ocasiões flagrantes desperdiçadas e as 17 posses de bola que perdeu penalizam-lhe a nota final.
Marcus Edwards 6.5
Continua a ser um dos principais agitadores dos “leões”. Em 67 minutos criou duas ocasiões flagrantes de golo, gizou nove passes progressivos e dois passes super progressivos.
Diomande 6.2
Foi uma das quatro novidades no “onze”. Nos 68 minutos em que esteve em campo, o jovem central esteve seguro no capítulo do passe (90% de eficácia – acertou 46 em 51 tentados), chegou aos cinco progressivos e atingiu as 11 ações defensivas.
Trincão 5.8
De novo na equipa titular, esteve 58 minutos em campo, período no qual criou uma ocasião flagrante de golo, realizou um remate, quatro cruzamentos e alcançou as nove ações com a bola no interior da área adversária (máximo na partida).
Paulinho 5.6
Sempre muito em jogo, esteve envolvido nas principais situações de perigo da equipa. Além dos dois golos que marcou e que posteriormente foram anulados, fez a assistência para o 1-3, desperdiçou uma ocasião flagrante e chegou às seis ações com o esférico no interior da área do opositor.
Morita 5.6
De volta aos relvados, o japonês contabilizou cerca de 32 minutos, nos quais não falhou nenhum dos 12 passes feitos, fez seis recuperações de posse e três ações defensivas.
Adán 5.3
O espanhol terminou o encontro com três defesas. No golo sofrido, fica a sensação de que poderia ter feito mais alguma coisa.
Resumo do jogo
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