Antiga figura da NBA, que se mudou para Taiwan há poucos meses, passou a ser o foco na China – mas não por causa do basquetebol.
Campeão olímpico, campeão da NBA, oito vezes na melhor equipa da NBA, três vezes melhor defesa da época, muitos anos ligados a Orlando Magic e alguns a Los Angeles Lakers…
Tudo isto está no currículo de Dwight Howard mas nada disto interessa aos chineses, desde quarta-feira.
A antiga figura da NBA ainda jogou pelos Lakers na época passada (foi campeão em Los Angeles em 2020) mas, pela primeira vez na sua carreira profissional, optou por deixar a NBA e os Estados Unidos da América.
Em Novembro do ano passado, e pouco antes de completar 37 anos, o poste assinou contrato com os Taoyuan Leopards, que participam na recém-formada T1 League, em Taiwan.
Na quarta-feira, Dwight Howard apareceu num vídeo promocional, ao lado de um vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te.
O assunto do vídeo: um concurso. Quem vencer este concurso vai passar uma noite no Gabinete Presidencial de Taiwan.
Até aí, nada especial.
Então porque há uma contestação generalizada na China por causa deste vídeo?
Porque, a certa altura do vídeo, Dwight Howard diz: “Desde que cheguei aqui, fiquei com uma percepção completamente nova deste país”.
Dwight Howard chamou “país” a Taiwan. E o vice-presidente disse mesmo que Taiwan é um “país livre”.
Os chineses já começaram a reagir, avança a agência Reuters, alegando que Howard estava a defender a independência de Taiwan (tema muito sensível, sobretudo ao longo dos últimos meses).
Um jornal local, o Global Times, escreveu mesmo que a população da China exige um pedido de desculpas por parte do basquetebolista – que é muito popular na China mas que começou a receber mensagens do género “Adeus, nunca mais vou gostar de ti”.
Dwight Howard já acedeu, depois desta indignação nacional: “Peço desculpa se ofendi alguém na China, ou alguém que conheçam. Não tinha intenção de ofender ninguém. Não me quero envolver em política. Sou humano e tenho o direito de falar”.
Taiwan tem uma Constituição própria, tal como partidos políticos e exército próprio; é um Estado soberano. A China vê Taiwan como uma província rebelde.
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