Mário Costa apresentou a sua demissão após o escândalo de tráfico humano e de menores trancados numa academia. É alvo de outra investigação.
Mário Costa já deixou de ser presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Liga Portugal.
O dirigente apresentou a sua demissão nesta quarta-feira, confirmou a Liga Portugal em comunicado.
Mário Costa está a ser investigado por terem sido encontrados mais de 100 jovens retidos, trancados com cadeados, numa academia de futebol em Riba D’Ave, Famalicão. Essa academia foi fundada por Mário Costa.
Os jovens eram atraídos para Portugal com contratos de formação e com promessas de jogarem em clubes profissionais de futebol; mas depois viviam sob um regime de internato, fechados – e os pais ainda pagavam entre 600 e 1.300 euros por mês.
Os passaportes dos jovens ficavam retidos na academia e os jovens nunca podiam sair da academia sem autorização superior.
Mário Costa é suspeito de tráfico de menores, tendo sido constituído arguido. O seu advogado disse em comunicado que se têm acumulado “deturpações e denúncias caluniosas” sobre o assunto, cita a RTP.
Fraude
Mas Mário Costa também é alvo de processo: é suspeito de fraude à Segurança Social.
De acordo com o Jornal de Notícias, o agora ex-presidente da Assembleia da Liga Portugal terá retido descontos dos funcionários de escritório de contabilidade que tem em Felgueiras.
O empresário terá retido os descontos para a Segurança Social nos recibos de trabalhadores e, assim, não entregava os valores respectivos ao Estado.
Ao todo, Mário Costa estará a dever 250 mil euros à Segurança Social, indica uma investigação que começou há meses.
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