Nas vésperas da Supertaça contra o FC Porto, o Benfica confirma a saída de Gonçalo Ramos para o Paris Saint-Germain (PSG) num negócio de empréstimo que pode render, no futuro, mais de 65 milhões de euros. Para substituir o avançado português deve chegar o brasileiro Arthur Cabral de 25 anos.
O Benfica já anunciou, em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, os moldes do negócio da transferência de Gonçalo Ramos.
Trata-se de um empréstimo até ao final da época 2023/2024 com uma opção de compra obrigatória por 65 milhões de euros que podem ser acrescidos de 15 milhões de euros conforme objetivos cumpridos.
O montante global da operação pode, assim, chegar aos 80 milhões de euros.
O Benfica explica ainda que a opção de compra definitiva do passe por parte dos parisienses pode ser “exercida pelo PSG ou pela Benfica SAD durante a presente época desportiva”.
Além disso, o Benfica informa que o PSG “terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade de 5%, para posterior distribuição aos clubes que participaram na formação do jogador”.
Note-se ainda que “os serviços de intermediação” do negócio vão custar ao Benfica 10% do valor da venda. Assim, o empresário de Gonçalo Ramos, Jorge Mendes, deverá receber uma fatia da operação.
Arthur Cabral é o escolhido para o lugar de Gonçalo Ramos
Entretanto, o Benfica já terá escolhido o brasileiro Arthur Cabral, de 25 anos, para ocupar a vaga de Gonçalo Ramos. O Record assegura que o clube da Luz vai pagar 20 milhões de euros à Fiorentina, mais cinco milhões por objectivos, pelo avançado brasileiro.
Arthur Cabral destacou-se no Ceará do Brasil e chegou ao Basel da Suíça, onde se tornou conhecido do futebol europeu. A Fiorentina contratou-o por 15 milhões de euros.
Jorge Mendes já levou 11 para o PSG
O negócio de transferência de Gonçalo Ramos para o PSG tem dado que falar na esfera dos adeptos benfiquistas. Há quem lamente os moldes do processo, sobretudo porque, no imediato, o Benfica só deverá receber cerca de 20 milhões de euros pelo empréstimo do avançado.
Mas também há quem questione que a saída seja consumada nas vésperas da Supertaça contra o FC Porto.
E se há quem aponte o dedo ao jogador, há quem fale da influência do seu empresário. Jorge Mendes tem colocado vários dos jogadores da sua carteira no PSG graças à sua proximidade com o director de futebol do clube parisiense, o também português Luís Campos.
A influência de Jorge Mendes no PSG cresceu desde a chegada de Campos ao emblema de Paris. E, em França, já se diz que o Mendes Saint-Germain continua a crescer.
O empresário da Gestifute representa os jogadores Manuel Ugarte (ex-Sporting), Vitinha (ex-FC Porto) e Renato Sanches (ex-Lille), tendo participado nos negócios que levaram às suas transferências para Paris.
Mas, na época passada, também intermediou as contratações de Carlos Soler (ex-Valência) e Fabian Ruiz (ex-Nápoles), embora não seja o empresário destes atletas.
Nesta temporada, já esteve ligado às contratações de Marco Asensio (ex-Real Madrid), Kang-In Lee (ex-Maiorca) e Cher Ndour (ex-Benfica) que são reforços do PSG.
Além disso, Jorge Mendes representa Danilo Pereira e Warren Zaïre-Emery que fazem parte do plantel do PSG. E também é o empresário do defesa El Chadaille Bitshiabu, de 18 anos, que foi emprestado ao Leipzig (Alemanha) para a próxima época.
A imprensa desportiva também anunciou que Jorge Mendes estaria a tentar colocar João Félix (Atlético de Madrid) e Bernardo Silva (Manchester City), outros dois jogadores que representa, no PSG.
A Eurosport nota que Jorge Mendes “faz chuva e sol nos quatro cantos da Europa e o PSG é um nó cada vez maior na sua rede continental”.
O empresário é a garantia de que os salários dos seus jogadores serão “bem superiores ao seu valor desportivo”, como no exemplo de Asensio, frisa ainda a Eurosport.
Por outro lado, Jorge Mendes é “uma bóia de salvação permanente para clubes com balanços financeiros desequilibrados” como é o caso do Sporting e da transferência de Manuel Ugarte, ainda segundo a mesma publicação.
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