Quem viu a primeira parte teve, certamente, a tendência de pensar que a história dos embates entre Benfica e Porto na Supertaça se iria repetir.
Só por uma vez, em 1985, os benfiquistas haviam conquistado o troféu às custas dos portistas, mas uma segunda parte de grande nível das “águias” não deu hipótese aos homens da Invicta.
Os homens da Luz reorganizaram-se, empurraram o seu rival e marcaram por duas vezes, por Ángel Di María, a grande figura da partida, e Petar Musa, que começou no banco, mas ajudou a virar o rumo dos acontecimentos com a sua entrada ao intervalo.
Jogo muito animado, mas nem sempre bem jogado.
A primeira parte em Aveiro quase só deu Porto nos primeiros 35 minutos, período durante o qual os “dragões” nunca deixaram o Benfica pressionar como gosta, fazendo eles próprios essa tarefa, sem precipitações, esperando pelos jogadores “encarnados” entrarem no seu meio-campo para impedirem trocas de bola e combinações.
E na resposta lançavam passes longos, de preferência para a velocidade de Galeno.
Assim, o Porto foi quase sempre mais perigoso, tendo a melhor situação pertencido a Taremi, aos 12 minutos, mas o iraniano, em boa posição, rematou muito torto.
Os lisboetas apenas conseguiram pegar nas rédeas da partida nos derradeiros dez minutos, mas nunca encontraram espaço nem tinham presença na área para incomodar Diogo Costa.
Pepê, lateral-direito portista, era o melhor ao descanso, com um GoalPoint Rating de 6.2, fruto de uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, três desarmes e oito recuperações de posse.
Ao intervalo, Roger Schmidt lançou David Jurásek e Petar Musa e tudo mudou. A presença do croata na área complicou a tarefa de marcações do Porto, que passou a pressionar um pouco mais atrás, e o Benfica começou a tomar conta dos acontecimentos.
E os golos apareceram. Aos 61 minutos, Kökçü recuperou e assistiu Di María que, com um remate em jeito de pé esquerdo, fez o 1-0. Pouco depois, aos 68, foi a vez de Rafa Silva servir Musa, e este não falhou perante Diogo Costa.
O encontro dera uma volta de 180 graus desde o intervalo e a qualidade dos jogadores “encarnados” ia fazendo mossa na defesa “azul-e-branca”.
O Porto ainda reagiu, esticou um pouco o jogo com o jovem Gonçalo Borges. Em cima dos 90 minutos, Pepe foi expulso com cartão vermelho directo, após recurso ao VAR, mas tal não impediu Galeno de reduzir nos descontos, com um portentoso remate de pé direito.
Contudo, o lance foi anulado pelo VAR, por braço na bola de Gonçalo Borges. Já nos últimos instantes, Diogo Costa impediu por duas vezes o 3-0.
O Benfica contrariou as estatísticas e conquistou a 9ª Supertaça.
Melhor em Campo
O argentino Di María demorou a entrar no jogo, muito por culpa da abordagem táctica do Benfica, pouco eficiente na pressão e exposta aos estilo de futebol do Porto, que conseguiu anular as “águias” durante a maior parte do tempo até ao descanso.
Na segunda metade, com a entrada de Petar Musa, os benfiquistas passaram a ter mais espaços na frente, o colectivo melhorou e Ángel abriu o livro.
Magnífico o golo que abriu a contagem em Aveiro, num remate que é sua imagem de marca. O GoalPoint Rating de 7.7 reflecte ainda quatro remates (máximo do jogo), dois deles enquadrados, cinco dribles completos em incríveis 11 tentativas (ambos valores mais altos) e ainda o registo máximo de faltas sofridas (5).
Resumo
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