À oitava foi de vez. O Sporting nunca tinha vencido um jogo oficial em solo austríaco – cinco derrotas e dois empates em sete encontros –, mas na noite desta quinta-feira “matou o borrego”.
O Sporting venceu o Sturm Graz num jogo em que deu uma cambalhota no “placard”, após ter estado em desvantagem no início da segunda parte.
Gyökeres e Diomande, que já tinham sido decisivos na recepção ao Moreirense, voltaram a ter a mira afinada, respondendo o tento inaugural de Boving. No outro embate do Frupo D, a Atalanta derrotou o Rakow por 2-0.
O início do jogo prometeu e os primeiros cinco minutos foram frenéticos: Coates quase abriu a contagem, na resposta o uruguaio ia fazendo um autogolo e, na sequência desse lance, Adán defendeu o cabeceamento de Kiteishvili.
Depois, os dois conjuntos encaixaram, num período com muita transpiração e pouca inspiração, até que Paulinho, aos 32 e 41 minutos, ficou perto de marcar. Porém, ao cabo da primeira metade, o marcador registava um empate a zero.
Daniel Bragança, uma das cinco novidades relativamente ao onze que venceu o Moreirense, era o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 6.0.
O médio destacou-se com um passe para remate, uma eficácia de 80% no capítulo dos passes (quatro falhados em 20 tentados), nove duelos ganhos, quatro recuperações de posse, sete perdas e seis acções defensivas.
Mais agressivo e com Paulinho mais próximo de Gyökeres, “libertando” o corredor direito para Catamo, o Sporting teve uma entrada voraz e esteve perto de marcar, primeiro através de Geny e depois com Trincão.
Na fase de ascendente “verde-e-branco”, um “balde de água gelada” lançado por Boving.
Em desvantagem e já com Nuno Santos e “Pote” em campo, os de Alvalade viram o oportunismo de Gyökeres ser decisivo num lance guiado por Pedro Gonçalves e, já na recta final, nova dupla de “avançados”: Diomande no remate e Coates com um toque fundamental assinaram o 1-2 final.
Sem perder há 14 jogos consecutivos – contabilizando os da época passada –, os “leões” marcaram golos em todas as partidas em que entraram em acção em 2023/24.
Melhor em Campo
Imperial, o capitão Sebastián Coates esteve ligado a quase todos os lances perigosos do encontro.
Primeiro, esteve perto de marcar, depois ia fazendo um autogolo e, já nos minutos finais, esteve ligado ao golo que decretou o “score” final.
Numa partida intensa, acabou por estar quase perfeito nos passes – quatro falhados em 44 feitos (90% de eficácia) -, acumulou 57 acções com a bola, seis recuperações de posse, cinco perdas e oito acções defensivas.
A nota não foi ainda mais elevada devido aos quatro dribles que permitiu no terço defensivo. O capitão foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.1.
Destaques do Sturm Graz
Kjell Scherpen 6.9
O gigante holandês fez de tudo para travar o Sporting com cinco defesas – 0,8 golos evitados (defesas – xSaves de 0,8) -, algumas delas de elevado grau de dificuldade.
Stanković 6.6
Realizou dois passes para remate, levou a melhor em dez duelos, recuperou a posse por nove vezes e atingiu as 12 acções defensivas.
Danté 6.5
Muito dinâmico, é dos pés dele que nasce o lance do 1-0, com destaque para a forma como retirou com classe Catamo do caminho. Foi responsável por quatro cruzamentos, ganhou oito duelos e fez 11 acções defensivas.
Destaques do Sporting
Diomande 6.2
Confiante com a bola nos pés – acerto de 92% nos 65 passes que fez -, foi importante na primeira fase de construção, chegou às cinco recuperações de bola, oito perdas e é dele a “assistência” para o golo que decidiu a partida.
Viktor Gyökeres 6.1
Chegou ao quarto golo da época, em mais uma partida em que lutou até ao final. Oportuno, fez o gosto ao pé no único remate que fez. Levou a melhor em nove duelos, perdeu 13 e apenas foi eficaz em um dos oito dribles que tentou. Acumulou 17 perdas da posse.
Daniel Bragança 6.0
Aproveitou a titularidade para reivindicar mais minutos de qualidade em campo. Nem sempre tomou a melhor decisões – seis passes falhados, sendo que dois foram de risco -, destacou-se em outros capítulos: 14 duelos vencidos, dez acções defensivas e três passes/cruzamentos bloqueados.
Pedro Gonçalves 5.9
Lançado aos 62 minutos, foi a tempo de ser decisivo e teve contribuição directa no lance do empate. Das 28 acções que registou com a bola, quatro foram no interior da área contrária.
Gonçalo Inácio 5.9
Acertou 12 dos 19 passes longos tentados – foi o jogador em campo com mais acções com o esférico (109), venceu os quatro duelos aéreos defensivos em que interveio.
Matheus Reis 5.7
Chamado ao “onze”, até sair aos 62 minutos esteve melhor nas iniciativas atacantes: dois cruzamentos, um passe para remate e três conduções progressivas. Perdeu a posse em 11 ocasiões.
Morten Hjulmand 5.5
Fez um passe de bola corrida para remate que Paulinho não conseguiu finalizar com acerto, foi menos preponderante na manobra da equipa comparativamente às partidas anteriores. Dos 13 passes que falhou em 53 feitos (75% de eficácia), quatro foram de risco, acumulou 17 perdas de bola e chegou às sete acções defensivas.
Ádan 5.4
Sem culpas no golo sofrido, foi testado logo no início do jogo e respondeu com um excelente defesa negando o golo a Kiteishvili logo aos cinco minutos.
Paulinho 5.0
Desta feita não marcou, apesar das três tentativas – desperdiçou duas ocasiões flagrantes.
Trincão 4.6
Falta continuidade ao jogo do criativo português, que se esconde muito, não assume as despesas do jogo e apenas a espaços vai demonstrando toda a qualidade que tem – o remate aos 47 minutos é disso exemplo. Fez dois remates, três cruzamentos, foi eficaz em apenas quatro dos 12 dribles que arriscou e registou 11 perdas de bola.
Resumo
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