Este foi o triunfo mais dilatado dos dragões no campeonato

O FC Porto juntou-se ao pelotão da frente do campeonato, após vencer o Vizela por 2-0. O triunfo foi escrito na primeira parte, no melhor período dos forasteiros no encontro.

Taremi abriu a contagem convertendo uma grande penalidade e Eustaquio fechou as contas com um grande golo.

Com esta vitória, os portistas passaram a somar os mesmos 22 pontos do Sporting (entra em campo nesta segunda-feira no Bessa) e Benfica (escorregou em casa diante do Casa Pia).

Por sua vez, os vizelenses voltaram a perder, depois de dois jogos sem saborearem desaires.

Até à meia-hora, o FC Porto dominou amplamente o jogo, fruto de uma pressão forte e bem urdida que bloqueava qualquer intento do Vizela em fugir desta teia. Aos 22 minutos, Taremi finalizou uma grande penalidade que nasceu de falta de Bruno Wilson sobre Evanilson, e deu expressão ao ascendente “azul-e-branco”.

Francisco Conceição – uma das três novidades no “onze” – viu um “tiro” que lançou ser travado pelos ferros. Nos minutos seguintes, a equipa da casa subiu as linhas e deu alguns sinais de vida e viu o poste direito impedir o empate por intermédio de Nuno Moreira.

Os portistas voltaram à carga, primeiro Buntić deu o corpo às “balas” a um remate de Evanilson, mas à beira do intervalo nada conseguiu fazer quando Stephen Eustaquio desferiu uma “bomba” e carimbou um golaço. Rude golpe para os vizelenses, que não consentiam golos há duas partidas.

O canadiano foi a melhor unidade na primeira metade, destacando-se, além do tento que fez, com 35 acções com a bola – quatro na área contrária -, duas recuperações de posse que lhe valiam um GoalPoint Rating de 6.8.

A turma da Invicta entrou na etapa final com um “mood” menos agitador e mais controlador, a estratégia resultou quase na perfeição, à excepção de um sobressalto aos 63 minutos, altura em que Samu não aproveitou um brinde de David Carmo e atirou para as nuvens, quando tinha a baliza à mercê.

No momento de maior perigo portista, Buntić voltou a destacar-se, desta feita travando um cabeceamento de Pepe.

Apesar da vontade, o Vizela esbarrou na falta de capacidade para criar mais lances de perigo, por sua vez, o FC Porto controlou quase sempre os ritmos do jogo e assegurou três importantes pontos naquele que foi o triunfo mais dilatado da equipa de Conceição nestas seis jornadas do campeonato.

Melhor em Campo

Encontro sério do capitão que voltou a ter David Carmo ao lado. Sempre bem posicionado, Pepe foi a voz de comando dos “azuis-e-brancos” e destacou-se com um remate, uma eficácia de 88% no capítulo do passe – oito falhados em 56 -, acertou cinco dos nove passes longos tentados, levou a melhor nos três duelos aéreos defensivos em que interveio e ainda ganhou oito acções defensivas.

Esteve menos bem nas nove vezes em que perdeu a posse de bola. Por tudo isto, foi o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 6.8.

Destaques do Vizela

Tomás Silva 6.2

Boa exibição que se explica com um remate (o único enquadrado da equipa), cinco centros (um eficaz), três passes longos certos em cinco tentados, ganhou dez duelos, perdeu cinco e alcançou dez acções defensivas – máximo no encontro -, entre elas sete desarmes.

Fabijan Buntić 5.6

Não podia fazer nada nos dois golos sofridos e destacou-se ainda com duas boas intervenções nas tentativas de Evanilson e Pepe, respectivamente.

Samu 4.8

Estava a ser o motor da equipa e o elemento diferenciador, aos 63 minutos teve uma ocasião de ouro para marcar, mas desperdiçou a oportunidade flagrante. Registou 45 acções com a bola – três na área contrária -, venceu sete duelos e perdeu cinco.

Destaques do Porto

Eustaquio 6.7

Está de pé quente e marca há dois jogos seguidos. Confiante, encheu o campo e, além do grande golo que fez, coleccionou 72 acções com a bola, seis duelos vencidos e quatro recuperações de posse. A rever, os 11 passes falhados – cinco de risco em 57 feitos -, 15 perdas da posse e os nove duelos que perdeu.

Taremi 6.7

Anotou o segundo golo na prova, o terceiro da temporada no único remate que fez. Muito em jogo, mormente na primeira parte, voltou a demonstrar que se entende de olhos fechados com Evanilson. Destacou-se, ainda, com cinco acções com a bola na área contrária, seis duelos ganhos, sete perdidos e três acções defensivas.

Francisco Conceição 6.3

Justificou a primeira titularidade esta época com uma exibição. Agitou a linha de atacante e não teve medo em assumir o jogo com três remates, um dos quais embateu nos ferros, quatro cruzamentos – um eficaz -, oito passes progressivos recebidos, 51 acções com a bola – seis das quais na área -, venceu sete duelos, perdeu oito, acumulou seis conduções progressivas, seis recuperações de posse e 15 perdas.

Evanilson 6.1

Após o “hat-trick” na Bélgica, mereceu uma vaga no “onze” titular e respondeu com dois remates, um dos quais enquadrado que Buntić defendeu, a participação directa no lance que redundou no primeiro golo do jogo, levou a melhor em oito duelos, perdeu dois, fez três recuperações de posse e sofreu três faltas – máximo.

Alan Varela 6.0

Mais seguro no capítulo do passe – cinco falhados em 59 feitos, uma eficácia de 92% -, não falhou nenhum dos cinco passes longos que arriscou, gizou quatro variações de flanco, nove recuperações de posse, oito perdas e cinco acções defensivas.

Pepê 6.0

Juntou-se a João Mário na renovada faixa canhota e orquestrou uma ocasião flagrante, 42 acções com a bola, cinco recuperações de posse e 12 perdas.

Jorge Sánchez 5.2

Aproveitou as ausências de Zaidu e de Wendell e a passagem de João Mário para a esquerda para “agarrar” a titularidade pela primeira vez. Não arriscou muito no ataque, mas foi seguro nas acções com um passe de ruptura, dois centros eficazes, quatro passes progressivos, três acções defensivas e 15 perdas de posse.

João Mário 5.2

Adaptado ao lado esquerdo da defesa, esteve em bom plano na primeira parte e caiu um pouco de produção na fase final. Ainda assim, cumpriu no teste com dois remates, três cruzamentos (nenhum eficaz), desperdiçou apenas dois dos 38 passes feitos (eficácia de 95%), ganhou quatro duelos, perdeu dez, não foi feliz em nenhum dos sete dribles tentados, acumulou sete recuperações de posse e 13 perdas.

David Carmo 4.9

Estava a realizar um jogo seguro, mas voltou a ser “traído” por alguma falta de sangue frio. Viu um amarelo de forma infantil e, minutos depois, protestou de forma veemente. O “puxão de orelhas” surgiu com a substituição e a entrada de Fábio Cardoso aos 76 minutos. O central canhoto foi autor de sete passes progressivos, duas recuperações de posse, oito perdas da posse, sete acções defensivas e quatro faltas cometidas.

Resumo

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