Do Céu ao Inferno e vice-versa

De loucos. O dérbi lisboeta desta 11ª jornada da Primeira Liga foi impróprio para cardíacos.

O Benfica venceu por 2-1, mas o resultado foi construído em apenas três minutos do tempo de compensação, uma vez que os “encarnados” sentiram grandes dificuldades perante um Sporting muito organizado, personalizado e que controlou praticamente todo o jogo.

Gyökeres fez um grande golo no final da primeira parte, mas a expulsão de Gonçalo Inácio no arranque do segundo tempo acabou por ter peso nesta recta final.

Os tentos de João Neves e Tengstedt incendiaram a Luz e as duas formações estão agora empatadas no topo da tabela com os mesmos 28 pontos.

O jogo começou menos de estudo do que se podia antever. As duas equipas entraram ao ataque e o Benfica poderia ter marcado logo aos nove minutos, mas Rafa, só com Adán pela frente, atirou inexplicavelmente ao lado.

E aos 12, o mesmo Rafa, com um remate em jeito, acertou na quina dos ferros da baliza leonina.

De regresso ao 4-4-2 (ou 4-2-3-1), como Morato a lateral-esquerdo, os “encarnados” estavam mais dinâmicos e perigos e Florentino quase marcou de cabeça aos 23 minutos, após um “chapéu” de João Mário sobre Adán.

Aos poucos o “leão” começou a aproximar-se com perigo da baliza benfiquista e, aos 28 minutos, após um canto, Diomande cabeceou para grande defesa de Trubin, que fez nova intervenção de vulto aos 33 minutos, perante um isolado Pedro Gonçalves.

Os homens de Alvalade estavam mais perto do golo e este surgiu aos 45 minutos. Passe de ruptura de Edwards e Gyökeres, com um fortíssimo remate na passada, disparou imparável para o 1-0. E logo a seguir, intervalo.

O melhor em campo nesta fase era Morato.

Mesmo adaptado a lateral-esquerdo, o brasileiro chegou a esta fase com um GoalPoint Rating de 6.6, com incríveis oito desarmes, a apenas um do máximo da Liga, pertencente à também “águia” António Silva, e com quatro acções defensivas no meio-campo contrário e oito recuperações de posse.

Contrariedade para o Sporting logo aos 51 minutos. Gonçalo Inácio já tinha visto um amarelo no primeiro tempo e viu o segundo, por falta sobre Rafa, indo mais cedo para os balneários.

O Benfica aproveitou para lançar Tengstedt e Arthur Cabral, para colocar presença na área, em busca do cruzamento. Contudo, a incapacidade “encarnada” para finalizar era gritante e apenas aos 77 minutos a equipa da Luz enquadrou o seu primeiro remate, à décima tentativa, por Di María, para grande defesa de Adán.

Mesmo com dez, Rúben Amorim foi colocando jogadores velozes e com capacidade ofensiva, para tentar chegar ao segundo golo, e a ideia que vingava era de que o Sporting estava mais perto de ampliar do que o Benfica de empatar.

Contudo, o “puto” João Neves (90’+4′), que estava a fazer um jogão, teve também de fazer de avançado e, nos descontos, dominou na área e “fuzilou” para o 1-1. Já na época passada, em Alvalade, o médio havia garantido um ponto para as “águias”. Mas desta feita contribuiu para três.

O golpe de teatro aconteceu aos 97 minutos. Aursnes cruzou da direita e Tengstedt, de calcanhar, desviou para o 2-1, lançando a loucura no Estádio da Luz – antes e depois da confirmação pelo VAR.

Melhor em Campo

Que craque. João Neves já estava a fazer um jogão, bem acima dos seus colegas de equipa, a defender, a ler o jogo, a organizar e a distribuir.

Nos minutos finais subiu e teve ele próprio de fazer de avançado, conseguindo um belo golo, terminando como melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.6.

Destaque ainda para 42 passes certos em 46 (91%), quatro dribles completos em seis, sete desarmes, quatro intercepções (máximo) e três bloqueios de passe. Até cansa.

Resumo

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