Águia voa nas asas de Di Magia e no calcanhar de Arthur

Ao segundo minuto do período de descontos, Arthur Cabral, que tinha entrado segundos antes para o lugar de João Mário, finalizou de calcanhar e manteve o Benfica na rota da Europa.

As “águias” faziam, desta forma, o terceiro golo e conseguiam a almofada de dois golos de vantagem que precisavam para carimbar o terceiro lugar, superando o RB Salzburgo.

Retirando algumas fases, os “encarnados” foram quase sempre superiores ao opositor austríaco, mas iam sendo traídos pela ineficácia na finalização, capítulo em que Rafa, não obstante o golo que apontou, voltou a ser o foco pelas piores razões.

Di María abriu a contagem com um canto olímpico, Rafa dilatou o “score”, já na etapa final Sučić reduziu e deixava as “águias” fora da via europeia, até que o calcanhar de Cabral indicou o caminho da Liga Europa, um mal menor para os campeões nacionais.

Após o sufoco inicial, altura em que o Salzburgo pressionou de forma intensa e foi rondando a baliza de Trubin, o Benfica começou a respirar melhor com a bola e foi travando o ímpeto contrário.

Ao minuto 13, Rafa desperdiçou uma ocasião flagrante, os “encarnados” continuaram a ter mais iniciativa, mas não encontravam o melhor discernimento no momento da decisão, por sua vez os austríacos eram contundentes quando atacavam e deixavam o último reduto benfiquista em sobressalto.

Di María pegou na batuta e foi decisivo, primeiro quando centrou e quase marcou, instantes depois “cozinhou” um canto olímpico que abriu a contagem.

O RB ripostou, explorou as faixas e criou boas situações para empatar, Trubin respondeu presente e defendeu as tentativas de Ratkov (39’) e de Dorgeles (44’).

Já no período de descontos, a pressão benfiquista resultou, Tengstedt e João Neves libertaram o esférico, Di María assistiu e desta feita Rafa não vacilou e ampliou o “placard”. Com este resultado, a presença nos play-offs da Liga Europa estava assegurado, mas ainda faltava a segunda metade…

Nestes 49 minutos de acção, Trubin era a unidade em foco no Benfica, com um GoalPoint Rating de 6.8 , com realce para as quatro defesas que protagonizou, evitando 0,8 golos (defesas – xSaves).

A turma de Schmidt não adormeceu à sombra da vantagem e foi em busca de mais.

Já com Musa em cena na vaga de Tengstedt, com um futebol envolvente abafou o adversário, mas voltou a pecar no momento de “matar” o encontro – aos 51’ Rafa fez o mais difícil e não conseguiu bater Schlager.

Só dava Benfica até que, na primeira investida atacante, Sučić castigou os visitantes, que nos últimos 15 encontros na Champions apenas não consentiram um tento na deslocação da época passada ao reduto do Club Brugge, nos oitavos-de-final.

Com o jogo em aberto, Otamendi (62′), Di María (69’), Rafa (76’) e Musa (81’) ficaram a centímetros de marcar, Fernando respondeu (88’), o guardião austríaco ainda deteve um centro venenoso de Aursnes, mas nada conseguiu quando João Neves fez uma abertura, Aursnes cruzou e Cabral marcou…

Melhor em Campo

A classe de Ángel Di María faz a diferença neste Benfica. É certo que no processo defensivo não ajuda muito, mas em termos ofensivos tem o toque de magia que dá outro nível aos “encarnados”. Já tinha estado num excelente plano ante o Farense e voltou a dar a cara nesta final.

Sempre perigoso, marcou um golaço, assistiu Rafa para o 0-2 e ainda carimbou seis remates, um dos quais embateu no ferro, gizou seis cruzamentos (dois eficazes), 13 passes progressivos (máximo na partida), ganhou cinco duelos, perdeu 12, foi eficaz em quatro dos 12 dribles que arriscou, tendo ainda estado menos assertivo nas 33 perdas de bola acumuladas e nos quatro desarmes que sofreu.

O argentino foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.7 .

Resumo

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