O Sporting e o Benfica empataram este domingo 1-1, em encontro da 20.ª jornada da Liga de futebol, resultado que premiou, em período de compensações, a estratégia defensiva de Jorge Jesus, graças a um golo de Jardel.
O técnico ‘encarnado’ optou por colocar André Almeida ao lado de Samaris no meio campo, deixando no banco Talisca, para reforçar o corredor central, deu instruções aos laterais Maxi e Eliseu para não subirem e a Jonas para baixar de forma a interferir com a ação de William Carvalho.
O Benfica foi sempre uma equipa compacta, com as linhas muito juntas, a pressionar em bloco, retirando espaços de penetração ao Sporting, e, só nos últimos minutos, quando sofreu o golo, é que ‘desmontou a tenda’ na tentativa de evitar a derrota.
O golo de Jardel nos últimos segundos da partida ‘caiu do céu’, visto que o Benfica não tinha feito o suficiente durante o tempo regulamentar para justificar um golo, e penaliza o Sporting, que pressionou mais, teve mais posse de bola, criou mais lances de perigo, rematou mais e procurou mais o golo.
É verdade que ao Sporting, que chegou ao final da primeira parte com sete pontapés de canto contra nenhum do Benfica, faltou sempre presença na área de um ponta de lança que finalizasse as inúmeras jogadas de ataque.
Por outro lado, a equipa exagerou nos cruzamentos para a área com um ponta de lança de baixa estatura como Montero, que ainda por cima pisa terrenos que não são os dele, e os centrais do Benfica estiveram irrepreensíveis no domínio do jogo aéreo.
A linha média do Sporting, com especial destaque para a ação de William Carvalho, teve o mérito de ganhar a ‘batalha’ do meio campo, ao neutralizar quase todas as tentativas do Benfica – sempre muito retraído, sem soltar os laterais e os médios – de estender o jogo até à área ‘leonina’.
O domínio do Sporting, que teve sempre mais bola, não se traduziu em oportunidades de golo flagrantes, mas em mais cantos, mais livres, mais remates, mais lances de perigo, aos quais faltou sempre eficácia na finalização por demérito próprio e mérito do Benfica, que defendeu muito e bem.
Na segunda parte, o Sporting conseguiu mais vezes abrir brechas no bloco defensivo dos ‘encarnados’, mas o golo tardava e o Benfica jogava com o fator tempo. Aos 65 minutos, Jesus, face à inoperância total de Ola John, fez entrar Talisca para a ala esquerda, mas nada se alterou na estratégia.
O Sporting acabou por chegar ao golo aos 87 minutos, por Jefferson, já depois de Marco Silva ter trocado Carrillo por Mané, cuja velocidade criou problemas à defesa encarnada, obrigada a travá-lo em falta.
Mas num derradeiro ‘forcing’ para evitar a derrota, Jardel restabeleceu o empate, com um remate com o pé na área ‘leonina’, na última jogada do encontro.
Maior assistência de sempre em Alvalade
O dérbi deste domingo entre Sporting e Benfica, relativo à 20.ª jornada da I Liga de futebol, registou a maior enchente de sempre em jogos oficiais disputados no Estádio José Alvalade, com 49.076 espetadores.
Este registo bate o record que se tinha verificado em 2011/12, na receção dos ‘leões’ ao FC Porto, a 07 de janeiro de 2012, a contar para a da 14.ª jornada da Liga e que terminou empatado 0-0.
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