A seleção da Costa do Marfim sagrou-se no domingo campeã da Taça das Nações africanas em futebol (CAN 2015), após vencer o Gana num desempate por grandes penalidades em que começou por falhar os dois primeiros remates.
Num jogo intenso, mas quase sem oportunidades, os “elefantes” acabaram por levar a melhor no sempre dramático desempate por penalties, ao vencerem por 9-8, após o nulo registado no final do tempo regulamentar e do prolongamento.
O guarda-redes Barry acabou por ser o herói marfinense, ao converter a grande penalidade que deu a segunda taça africana à Costa do Marfim, que já não vencia a prova desde 1992, na altura também derrotando, igualmente nos penalties, a equipa ganesa.
“Quando se ganha com o clube é mágico, mas vencer uma competição pelo nosso país é incrível. Eu esperei muito tempo por ganhar um troféu destes e, sendo o capitão de equipa, torna-se ainda mais especial esta vitória” comentou o médio Yaya Touré, no final.
A felicidade de Touré foi partilhada pelo treinador Hervé Renard, que fez história ao ser o primeiro a conquistar a CAN em duas ocasiões por seleções diferentes, depois da vitória no comando da Zâmbia, em 2012.
“Estou muito feliz por todos os marfinenses, que esperavam este título há 23 anos. A minha mensagem para os jogadores é que na vida nós podemos perder, mas o importante é sempre saltar para trás, nunca desistir. Eles trabalharam muito e merecem o título”, afirmou o treinador.
Naturalmente, a alegria dos costa-marfinenses contrastou com a tristeza dos ganeses, que tiveram a vitória bem próxima, mas deixaram escapar uma vantagem de 2-0 nos penalties.
“Tivemos a oportunidade de ganhar, mas o futebol é assim, isso acontece Chegamos nos penalties e perdemos. Estou muito triste. Agora vamos voltar para nossos clubes e vamos tentar recuperar a confiança e voltar mais fortes”, afirmou o capitão da equipa do Gana, Asamoah Gyan.
Já Avran Grant, estreante na competição, voltou a perder uma final no desempate por grandes penalidades, depois de em 2008 ter perdido, então ao serviço do Chelsea, uma final da Liga dos Campeões para o Manchester United, e mostrou-se visivelmente triste por este desfecho.
“Trabalhámos as grandes penalidades nos treinos, mas, na hora da verdade, não fomos eficazes. O futebol é isto. Estou triste mas orgulhoso por estes jogadores, pois poucos acreditavam que seriam capazes de chegar tão longe na competição. Temos que ficar com as coisas boas que aconteceram”, disse.
Com a vitória na competição, os elefantes sucedem à Nigéria, vencedora em 2013, como detentor do titulo continental africano, somando agora dois triunfos na competição.
ZAP / Futebol365 / Lusa
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