André Cruz estava numa final de ténis de mesa, sabia que seria derrotado com a sua decisão, mas não hesitou. Clube já reagiu ao exemplo.
O cartão branco é um cartão que se entrega a alguém, ou a alguma equipa, que se destacou por um gesto de desportivismo.
Em Portugal já houve diversos exemplos ao longo dos últimos anos, em várias modalidades.
Na modalidade “rainha”, o futebol, ficou conhecido um caso recente, em Outubro, quando Roberto Carlos estava sozinho perante o guarda-redes adversário, mas preferiu enviar a bola para fora; o jogador da União Montemor reparou que um jogador do Alcaçovense estava lesionado – e tinha ficado com a bola por causa dessa lesão.
Entre os “grandes”, o capitão do voleibol do Benfica, Hugo Gaspar, também viu o cartão branco quando ajudou um jogador da Fonte do Bastardo que se estava a sentir mal.
No sábado passado, no futsal, cartão branco para o treinador dos sub-13 da União Desportiva e Cultural de Santo Tirso: quando viu que a equipa adversária, a Associação Desportiva Futsal Meinedo, só tinha quatro jogadores disponíveis, decidiu jogar também só com quatro atletas desde início, explica o Diário de Santo Tirso.
Numa final
A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa destaca outro caso, num contexto mais decisivo.
O protagonista chama-se André Cruz. O atleta do Ginásio Clube de Valbom estava a disputar uma final, no passado dia 4 de Fevereiro.
Nesse jogo decisivo, na final sub-19 do torneio do IFC Torreense – Cidade do Seixal, estava a decorrer o quarto parcial e André perdia por 10-11 contra Usman Okanlawon.
O árbitro atribuiu um ponto a André Cruz (seria 11-11) mas o jovem português reparou que era ponto para o adversário.
Mesmo sabendo que iria perder o jogo por causa dessa correcção, corrigiu o árbitro na mesma, o ponto foi para Usman e André perdeu a final (3-1 em sets).
Logo a seguir recebeu o cartão branco, mostrado pelo juiz-árbitro Júlio Nepomuceno.
O presidente do Ginásio Clube de Valbom reagiu a este momento, em declarações ao ZAP, e elogiou André Cruz: “O André é um atleta exemplar quer nos treinos quer nos jogos”.
“Tem uma margem de progressão enorme: apesar de ser Sub-19 integra já a nossa equipa de Seniores. Naturalmente ficamos extremamente contentes com a noticia por vermos que os valores que tentamos incutir aos nossos atletas estão a resultar”, acrescentou José Manuel Pereira.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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