Vítor Murta sai presidência da SAD do Boavista. A decisão foi anunciada após novos protestos e após derrota por 4-0 contra o Sporting de Braga.
Vítor Murta vai demitir-se da presidência da SAD do Boavista, comunicou o dirigente na noite passada, momentos depois da contestação dos adeptos ‘axadrezados’ pela derrota na receção ao Sporting de Braga (0-4), da 23.ª jornada da I Liga de futebol.
“Já comuniquei ao accionista maioritário e irei comunicar agora ao presidente do Conselho Geral da SAD que cesso as minhas funções no conselho de administração. A partir desta altura, entrarei apenas em gestão, não obstante o accionista maioritário me ter convidado para fazer outro mandato”, afirmou, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, no Porto.
Sucessor do histórico ex-presidente João Loureiro na liderança do clube, funções para as quais tinha sido eleito pela primeira vez em dezembro de 2018 e reconduzido ao fim de quatro anos, Vítor Murta rendeu Álvaro Braga Júnior à frente da Boavista SAD em 2020.
“Já comuniquei que não vou fazer mais um mandato, até porque o foco deverá estar nos jogadores. Entendo que, neste momento, eu sou um factor de desestabilização, no sentido em que as pessoas passam mais tempo a dirigir-se a mim em termos pouco próprios do que a apoiar a equipa”, sublinhou, numa altura em que os ‘axadrezados’ seguem na 12.ª posição do campeonato, com 24 pontos, seis acima dos lugares de despromoção direta.
O Boavista até liderou a I Liga até ao fim de Setembro. Mas a queda foi acentuada com o passar dos meses.
Não só na classificação – 12.º lugar, a 34 pontos do líder Benfica – ou nos resultados recentes – 11 jogos seguidos sem ganhar, numa série que começou precisamente com uma derrota com o SC Braga na primeira volta.
Mas os problemas centrais estão longe dos relvados: constantes salários em atraso. Eram dois meses sem salários para jogadores e treinadores, três meses sem salários para outros funcionários.
Vítor Murta chegou a dizer que dois meses de salários em atraso “não matam ninguém”.
Além disso, houve cortes de água, de gás, treinos cancelados, plantel curto… E a consequente saída de Petit, que não “aguentou” mais estas questões.
Em Janeiro não chegou qualquer reforço ao Bessa.
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