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A Sagres retirou esta segunda-feira o anúncio publicitário que parodiou com o golo sofrido por Rui Patrício na visita do Sporting ao Belenenses, no sábado, na 21.ª jornada da I Liga, após repúdio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Fonte oficial da FPF disse à agência Lusa que o organismo expressou desagrado pelo vídeo publicitário, referente ao dérbi lisboeta, que terminou empatado 1-1, em que, entre outras expressões, dizia que aos 46 minutos “Rui Patrício começa a temperar o frango“, antes de registar, aos 70, o golo de Rui Fonte, seguindo-se a frase “frango servido no Restelo!”.
A mesma fonte federativa acrescentou à Lusa que a Sagres, que patrocina as selecções nacionais, prometeu retirar o anúncio das várias plataformas em que foi divulgado, nomeadamente a sua página oficial no Facebook, no qual a cervejeira se justifica.
“Este domingo publicámos, aqui na nossa página, um vídeo que não foi interpretado da forma com que o criámos e pensámos. Compreendemos o ponto de vista daqueles que podem considerar este conteúdo ofensivo e por isso mesmo decidimos remover o vídeo em questão. Não foi nunca nosso intuito ofender, denegrir ou gozar com os intervenientes de um desporto que nos é tão querido”, lê-se na página da empresa.
A Sagres acrescenta ainda que este vídeo fazia parte de uma campanha a lançar até ao final da temporada, para “retratar em 60 segundos um jogo de 90 minutos do ponto de vista do adepto”.
“E pretendia faze-lo de uma forma descontraída, imparcial e até cómica. Fosse qual fosse o clube, fossem quais fossem os intervenientes”, assegura a cervejeira, assumindo ter retirado o vídeo “não para o esconder”, porque “uma vez publicado nunca o deixará de estar. Retirámos porque não pretendemos ferir susceptibilidades de nenhum adepto de futebol”.
E, por reconhecer que o “futebol mexe profundamente com emoções”, a Sagres apresenta as suas desculpas a Rui Patrício, à FPF, ao Sporting, aos sportinguistas e a todos os adeptos.
Não é a primeira vez que uma marca de bebidas marca um auto-golo por pretender parodiar nas redes sociais e usar os novos media para ganhar popularidade junto de uma determinada faixa de adeptos – normalmente, perdendo-a noutra.
Em 2013, a PEPSI viu-se obrigada a pedir “sinceras e profundas desculpas” a Cristiano Ronaldo e à Seleção Portuguesa de Futebol, por imagens publicadas na página Facebook da marca na Suécia, antes do histórico jogo em que o português calou os suecos com um hat-trick que levou Portugal ao Brasil.
ZAP / Lusa
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