Campeão espanhol vai estar no jogo decisivo, para não variar. Meia-final marcada por uma decisão errada da equipa de arbitragem aos 102 minutos, admite-se em Espanha.
Já nem é notícia na última década: o Real Madrid vai jogar a final da Liga dos Campeões. Desta vez contra o Borussia Dortmund.
A presença no jogo decisivo foi confirmada na noite passada, novamente com tom dramático, ao derrotar o Bayern Munique por 2-1 na segunda “mão” da meia-final. O primeiro duelo tinha terminado empatado (2-2).
O jogo tornou-se espectacular na segunda parte. E os golos também só foram marcados depois do intervalo.
O Real estava claramente mais perigoso e poderia ter marcado, caso Manuel Neuer não estivesse novamente a brilhar na baliza; Vinícius Júnior tentava, o guarda-redes do Bayern defendia.
Mas quem marcou primeiro foi o Bayern. A equipa de Munique não precisou de ameaçar muitas vezes: aos 67 minutos um belo remate cruzado de Alphonso Davies.
A partir daí os espanhóis instalaram-se ainda mais na área contrária. Mas o golo não surgia. Até surgiu logo a seguir ao 0-1 mas foi bem anulado por falta sobre Kimmich.
Até que o drama voltou ao Santiago Bernabéu: 87 minutos, golo de Joselu. 90 minutos, golo de Joselu. Bis do experiente espanhol, que no primeiro caso teve a contribuição essencial de Neuer – depois de uma grande exibição, falhou num momento chave e largou a bola quando não devia.
Não está em causa a superiiodade do Real Madrid neste jogo. Mas está em causa uma decisão do árbitro aos 102 minutos: Bayern ataca, bola pelo ar, assistência e golo. Mas o árbitro tinha apitado antes do remate decisivo: alegado fora-de-jogo que aparentemente não existiu. Não houve VAR porque não foi golo anulado; o apito ouviu-se antes do remate certeiro de De Ligt.
Isto não foi uma má decisão. Foi um “desastre“, admite o jornal espanhol Marca, citando o antigo árbitro Mateu Lahoz. Foi um duplo erro: o árbitro auxiliar levantou logo a bandeira quando nem havia posição irregular e o árbitro principal Szymon Marciniak não esperou.
Claro que a imprensa alemã não ficou indiferente a este momento: foi um “escândalo”, um “desastre absoluto” ou “incrível”.
No entanto, há um “se” importante nesta questão: se não tivessem ouvido o apito, a defesa e o guarda-redes do Real Madrid teriam disputado a jogada de outra forma?
Real-Borussia, 1 de Junho, Wembley. Esse é o facto. É a final da Liga dos Campeões.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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