“Falsificação de documentos” pode anular negócio da nova academia do FC Porto na Maia

A futura academia anunciada pelos azuis e brancos, cujos lotes custaram 3,4 milhões de euros.

Presidente da Câmara da Maia assinou despacho antes da votação obrigatória na Assembleia e oposição exige anulação do negócio. Villas-Boas está atento, SAD de Pinto da Costa “não quer reagir, para já”.

Ilegalidades relacionadas com a hasta pública podem fazer cair o projeto da nova academia do FC Porto, anunciado em abril pela administração de Pinto da Costa.

O despacho do negócio, que envolveu a adjudicação de 14 hectares de terreno na cidade da Maia pelo valor de 3,4 milhões de euros, foi assinado pelo Presidente da Câmara da Maia e publicado em Diário da República antes da votação obrigatória na Assembleia Municipal, avança o jornal Expresso esta quinta-feira.

Ao jornal, o vereador da oposição da autarquia, Francisco Vieira de Carvalho, do prtido Socialista (PS), alega que houve “falsificação de documentos” e defende a invalidação do processo de hasta pública.

“O que eu concluo é que o processo de hasta pública foi enviado para publicação em Diário da República antes da deliberação, que era obrigatória, da Assembleia [Municipal]. Isto representa, por lei, um ato administrativo nulo, é ilegal, pelo que a mesma [hasta] terá de ser já anulada”, afirmou.

Já o presidente da Câmara da Maia diz não ter conhecimento das suspeitas e a SAD portista, que ainda é presidida por Pinto da Costa, diz que “para já não pretende reagir” à notícia.

A direção do novo presidente do clube, André Villas-Boas, promete “acompanhar com atenção o assunto”.

A academia, com um custo total de 40 milhões de euros, recebeu luz verde no dia 27 de março e a obra já arrancou desde então. Estão previstos 10 novos campos de futebol destinados às camadas de formação portistas — nove de dimensões para futebol de 11 e um de futebol de 7 — bem como um estádio com capacidade para receber jogos da Liga 2.

Tinha entrada em funcionamento prevista para 2026. Caso venha a cair o projeto, o mais certo é que as “escolas” dos azuis e brancos fiquem no Olival, em Vila Nova de Gaia.

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