Várias decisões apressadas tomadas pela anterior SAD prometem causar problemas financeiros à nova administração de Villas-Boas.
O FC Porto está numa crise financeira sem precedentes. Segundo informações apuradas pelo Correio da Manhã, André Villas-Boas deparou-se com uma situação catastrófica, com imensas dívidas e um saldo bancário insuficiente para cobrir os compromissos financeiros.
No mês de maio, a SAD tinha encargos no valor de 15 milhões de euros, mas os cofres contavam apenas com 8000 euros. Entre as dívidas, estão os salários dos funcionários, que a nova administração prometeu regularizar até 7 de junho.
Os problemas de tesouraria são resultado de decisões controversas da administração anterior. Villas-Boas tentou, sem sucesso, convencer Pinto da Costa e outros membros da SAD a renunciar, para poder enfrentar os desafios financeiros sem estar vinculado às dívidas passadas. Agora, cumpre a promessa eleitoral de escrutinar as contas, revelando decisões precipitadas tomadas pela antiga administração.
A nova gestão descobriu letras emitidas a amigos da administração anterior, apenas dois dias antes da assembleia geral de destituição da SAD. Além disso, os amigos dos membros da ex-administração terão tido uma compra facilitada de camarotes para acertos de contas de juros de mora por cobrar.
Estas decisões não apenas afetaram a tesouraria, mas também a planificação da nova época desportiva. Para além da indefinição em torno da equipa técnica e da sucessão a Sérgio Conceição, a próxima temporada também está em dúvida porque a anterior administração passou procurações exclusivas a alguns empresários para a venda de vários jogadores do plantel.
Em resposta à situação, Villas-Boas anunciou uma auditoria forense às contas da SAD, cumprindo uma promessa eleitoral de ser “implacável com quem tenha lesado o FC Porto”. A auditoria visa identificar e responsabilizar os culpados pelos danos financeiros ao clube.
Outro problema herdado pela nova administração foi o pagamento dos salários dos futebolistas referentes a abril, no valor de 3,5 milhões de euros. Villas-Boas interveio diretamente, conseguindo desbloquear os fundos necessários junto de financiadores.
Num gesto pessoal, Villas-Boas também pagou do próprio bolso um prémio relacionado a um jogo da Champions ao plantel e à equipa técnica, antes da final da Taça de Portugal.
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