Equipa de Boston ganha novamente contra os Dallas Mavericks, com 4-1 no total. Está agora isolada na lista de campeões da NBA.
Os Boston Celtics, do português Neemias Queta, conquistaram na segunda-feira o seu 18.º título de campeões da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), ao vencerem em casa os Dallas Mavericks por 106-88, no quinto jogo da final.
Depois dos triunfos caseiros por 107-89 e 105-98, e de uma vitória (106-99) e uma pesada derrota (122-84) no Texas, o conjunto de Boston, que ao intervalo já liderava por 67-46, voltou a vencer em casa, acabando a final com um triunfo por 4-1.
Os Celtics repetiram os triunfos de 1957/58, 1958/59, 1959/60, 1960/61, 1961/62, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1965/66, 1967/68, 1968/69, 1973/74, 1975/76, 1980/81, 1983/84, 1985/86 e 2007/08, e isolaram-se na liderança do ranking de campeões da NBA, deixando para trás os Los Angeles Lakers, que somam 17 cetros.
O poste internacional português Neemias Queta sagrou-se campeão da NBA na terceira época na competição e primeira pelos Boston Celtics, tendo participado em 28 jogos na época regular e em três nos play-offs, um deles nas ‘finals’.
O primeiro português campeão
Neemias Queta só precisou de três temporadas, e uma nos Boston Celtics, para conquistar o mais desejado título do basquetebol ao nível de clubes, o campeonato norte-americano, NBA.
O internacional luso, que se estreou na competição em 2021/22, na primeira de duas épocas pelos Sacramento Kings, logrou em tão pouco tempo o que alguns, enormes figuras da história da modalidade, perseguiram e não conseguiram durante ‘uma vida’.
Elgin Balylor, Charles Barkley, Karl Malone, John Stockton, Reggie Miller, Patrick Ewing, Steve Nash, Allen Iverson, Dominique Wilkens ou Chris Webber são alguns dos ícones da NBA que não têm em casa qualquer ‘anel’, apesar de todos terem disputado 14 ou mais épocas na competição.
A tentar, ainda no ativo, já quase em fim de carreira, estão outros ‘monstros’, como James Harden, Chris Paul ou Russell Westrbrook, que também não têm o que o primeiro – e para já único – português presente na NBA acaba de conseguir.
Independentemente do que for o seu futuro na competição, Neemias Queta já fez história e, aos ‘netos’, poderá sempre dizer que foi campeão da NBA, apenas três anos depois de cumprir o sonho de chegar à principal competição mundial.
O ‘gigante’ luso de 2,13 metros tem já o prémio coletivo mais cobiçado, mas a sua terceira época na prova não foi, de todo, a de afirmação, apesar de ter batido quase todos os seus recordes individuais.
Numa equipa recheada de grandes jogadores, ou não fosse a campeã de 2023/24, Neemias Queta teve pouco ‘espaço’ para se mostrar e raramente entrou na rotação de Joe Mazzulla, sendo que a sua utilização nos play-offs foi praticamente nula.
O português esteve em campo apenas em três dos 19 jogos dos Celtics, incluindo um na final, em que entrou a 5.25 minutos do final, com o conjunto de Boston a perder por 45 pontos com os Mavericks, no que foi a única derrota na série (84-122).
No pouco tempo que teve nas ‘finals’, somou dois pontos, convertendo o único ‘tiro’ que tentou, e logrou ainda um desarme de lançamento, ‘vencendo’ por sete enquanto esteve em campo.
Antes, atuou nos dois primeiros jogos das meias-finais de conferência, com os Cleveland Cavaliers, entrando, na vitória por 120-95 e no desaire por 94-118, com os jogos resolvidos. Somou dois pontos e três ressaltos, em oito minutos.
Ainda assim, e depois de assinar um contrato standard com os Celtics, em 8 de abril, integrou o ‘15’ do conjunto de Boston escolhido para os play-offs e esteve sempre no banco.
Com a utilização em três jogos dos play-offs, os primeiros de sempre, Neemias Queta totalizou 31 em 2023/24, pois tinha estado em 28 da fase regular, quase todos (24) saldados por triunfos do conjunto do Massachussets.
Nunca época em que também foi utilizado, com maior destaque, na equipa secundária, os Maine Celtics, finalistas vencidos da G-League, face a um contrato de duas vias, Neemias teve os seus jogos mais conseguidos no final da época regular.
Com Joe Mazzulla a poupar as ‘estrelas’ para os play-offs, o português teve quase 20 minutos em dois jogos e aproveitou-os bem, conseguindo 16 pontos (oito em 10 nos ‘tiros’ de campo) e seis ressaltos face aos Charlotte Hornets e 19 pontos (oito em 11), nove ressaltos e seis desarmes frente aos Washington Wizards.
Antes, Neemias Queta cumpriu mais de 10 minutos de utilização em mais 16 encontros, para um total de 18, com um máximo de 22.55 no reduto dos Los Angeles Clippers, em 23 de dezembro de 2023, num triunfo por 145-108 para o qual contribuiu com 14 pontos, 12 ressaltos e três assistências.
O português também superou os 20 minutos (20.46) quatro dias antes, no reduto dos Golden State Warriors, num desaire por 132-126, após prolongamento, conseguindo outro ‘duplo duplo’, com 10 pontos e 10 ressaltos.
Mas, na maioria dos jogos (54), Neemias não foi sequer utilizado, por estar nos Maine Celtics, por lesão ou, simplesmente, por opção de Mazzulla, que, ao longo da época, teve sempre, porém, palavras elogiosas para com o português.
O maior problema do internacional luso, que na época regular teve médias de 5,5 pontos e 4,4 ressaltos, em 11,9 minutos, foi ter à sua frente o letão Kristaps Porzingis e Al Horford, ambos bem mais versáteis e atiradores, o experiente Luke Kornet e, na segunda metade da época, Xavier Tillman.
Com apenas 24 anos, a tendência é que Neemias Queta possa vir a ter mais minutos em 2024/25, isto se permanecer na NBA: nos Boston Celtics, que têm a opção de renovar com o português; ou noutra equipa.
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