Apesar de Villas-Boas ter abortado o projeto da academia na Maia, a autarquia vai ficar com a primeira tranche de 680 mil euros paga pelo FC Porto.
O presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, anunciou que os 680 mil euros recebidos pela autarquia, referentes à primeira tranche do pagamento pela aquisição de terrenos para a academia do FC Porto, são agora propriedade dos munícipes da Maia, uma vez que o clube não deu seguimento ao projeto.
Já a segunda tranche, de 510 mil euros, não foi paga devido à falta de cobertura do cheque emitido pela SAD portista, situação confirmada pelo autarca. “Quando o cheque entrou, esteve lá uns dias. Depois houve uma mudança de gestão, houve a eleição da SAD. O banco aguardou. Foi-nos dito, já com a nova SAD, que iam criar condições para que o cheque tivesse provimento, nós aguardámos. E como não houve provimento, o cheque foi-nos devolvido“, explica o autarca.
Apesar de a nova administração de André Villas-Boas ter voltado atrás no projeto, o município rejeita devolver o sinal inicial de 680 mil euros e vai ficar com todos os terrenos, escreve o Correio da Manhã.
O presidente da câmara refutou acusações de ilegalidade na comunicação da hasta pública ao ‘Diário da República’ antes da aprovação em assembleia municipal, classificando-as como falsas. A oposição do PS tinha sugerido que tal irregularidade poderia invalidar a adjudicação e obrigar à devolução dos 680 mil euros pagos na primeira tranche, mas Tiago assegura que a câmara agiu conforme a lei.
Além deste incidente, o FC Porto foi recentemente multado pela UEFA em 1,5 milhões de euros por não cumprir normas de licenciamento e sustentabilidade financeira, com uma pena suspensa de dois anos que pode levar à exclusão do clube das competições europeias por uma temporada.
Esta situação destaca as grandes dificuldades financeiras e administrativas que o FC Porto está a enfrentar, com Villas-Boas a ter muitas dores de cabeça para resolver.
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