A nossa “lógica da escada” confirmou-se no Europeu 2024. Nesta lista há espaço para futebol, basquetebol e beisebol.
Já começa a ser uma base credível para apostas, ou para brincadeiras entre amigos: a “lógica da escada” voltou a acertar no percurso de Portugal num Europeu.
Começou ainda no século passado, em 1996, e nunca falhou desde então: a selecção portuguesa – que supera sempre a fase de grupos em Europeus – consegue sempre chegar à eliminatória seguinte, comparando com a edição anterior; mas perde nesse jogo (excepção para o título em 2016).
Traduzindo: quartos-de-final em 1996, meias-finais em 2000, final em 2004. Primeira subida concluída.
Depois voltou-se à base: quartos-de-final em 2008, meias-finais em 2012, final em 2016. Segunda subida concluída.
E agora Portugal está a meio da terceira subida, já que tinha sido eliminado nos oitavos-de-final (antes não havia esta fase) no Euro 2020 e, seguindo a “lógica da escada”, iria perder nos quartos-de-final do Euro 2024.
Claro, perdeu mesmo. Com a França, nas grandes penalidades.
A lógica não falha. Há 28 anos, há 8 Europeus seguidos.
Portugal em Europeus de futebol (desde 1996)
1996: quartos-de-final
2000: meias-finais
2004: final
2008: quartos-de-final
2012: meias-finais
2016: final
2021: oitavos-de-final
2024: quartos-de-final
2028: meias-finais (?)
Outras teorias
Bola de Ouro
Ainda sem deixar o futebol, e com um antigo internacional português pelo meio, fala-se sobre a “maldição” do melhor jogador de futebol do mundo. A Bola de Ouro tem dado problemas nos Mundiais…
Roberto Baggio, eleito o melhor do mundo em 1993, chegou à final do Mundial 1994 e… deu o título ao Brasil, falhando uma grande penalidade; Ronaldo (1997) foi uma desilusão na final do Mundial seguinte; Luís Figo (2001) nem passou da fase de grupos no Mundial 2002; Ronaldinho Gaúcho (2005) passou ao lado do Mundial seguinte; Messi (2009) nem marcou na África do Sul; Cristiano Ronaldo (2013 e 2017) não foi além do grupo e dos oitavos-de-final, nos respectivos mundiais. Até que Messi acabou com isso: melhor do mundo em 2021, campeão mundial em 2022.
Aaron Ramsey
A “maldição de Ramsey” é conhecida no futebol: sempre que o internacional galês marcava um golo, uma celebridade morria. Depois essa sequência desapareceu – é que Ramsey começou a marcar mais golos, e não um ou dois por época.
Cleveland
Cleveland começou mesmo a pensar que era uma cidade amaldiçoada no desporto: basquetebol, beisebol, futebol americano… Em 52 anos, zero títulos (o último havia sido dos Browns na NFL, em 1964). Mas LeBron James é de outro patamar e levou os Cavaliers ao título na NBA em 2016.
Babe Ruth
Chamam-lhe a “maldição do Bambino”. Os Boston Red Sox dominavam o beisebol nos EUA, vencendo a maioria das primeiras edições da MLB. Até que venderam um então jovem Babe Ruth aos New York Yankees em 1920. A partir daí, aconteceram três coisas: Babe Ruth tornou-se talvez no melhor jogador de sempre, os Yankees passaram a ser a equipa com mais troféus e os Red Sox estiveram… 86 anos sem serem campeões. A maldição só acabou em 2004.
Béla Guttmann
Claro, a famosa frase: “Sem mim, nem daqui a 100 anos o Benfica conquistará uma taça europeia”. Há quem diga que o treinador húngaro nunca disse esta frase ao deixar o Benfica, após divergências com a direcção por querer um salário maior. Já se passaram cerca de 60 anos e, de facto, o Benfica nunca mais venceu um troféu da UEFA. Oito finais, oito derrotas.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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