A atleta vai ser a primeira ginasta portuguesa de sempre a disputar uma final olímpica de ginástica artística all-around.
A portuguesa Filipa Martins conseguiu uma inédita qualificação para a final do concurso completo (‘all-around’) de ginástica artística dos Jogos Paris2024, na sua terceira presença olímpica.
Depois de ter sido 37.ª no Rio2016 – a melhor classificação de sempre de uma portuguesa – e 43.ª em Tóquio2020, a ginasta natural do Porto, de 28 anos, assegurou uma das 24 vagas na final olímpica, marcada para quinta-feira, às 18:15 locais (17:15 em Lisboa).
Filipa Martins conquistou 53.166 pontos, com 14.133 nos saltos, graças ao Yurchenko com dupla pirueta, 13.800 nas paralelas assimétricas, a sua especialidade, 12.633 no solo e 12.600 na trave.
A ginasta do Acro Clube da Maia já era também a primeira e única portuguesa a chegar a finais por aparelhos de Mundiais, nas paralelas assimétricas (oitava), em Kitakyushu, em 2021, quando também disputou pela primeira vez a final do ‘all-around’ (sétima), um feito que repetiu, em 2023, em Antuérpia (21.ª).
“Algo que nunca imaginámos fazer”
Na reação à sua qualificação, Filipa Martins admitiu estar “um bocadinho emocionada ainda”. “Hoje, aqui, fizemos algo que nunca imaginámos fazer na vida, na ginástica portuguesa. Acho que nos superámos a todos os níveis e estou super orgulhosa do nosso trabalho”, afirmou a ginasta.
“Estou muito orgulhosa daquilo que fizemos aqui hoje. Claro que havia coisas que podíamos ter feito um bocadinho melhor, nós atletas queremos sempre mais também, mas estamos muito satisfeitos com a competição de hoje”, rematou.
A ginasta revelou ainda que o Yurchenko com dupla pirueta, o salto no cavalo que lhe valeu a qualificação, já estava a ser treinado há 10 anos. “Aquele salto, eu se calhar estou a treiná-lo desde 2014 ou 2015, só que é um salto tão arriscado que temos sempre medo de o meter em competição”, admitiu.
E o risco compensou. “Não tenho palavras. Acho que tanto eu como o meu treinador [José Ferreirinha] estávamos um bocadinho com medo, porque é um salto bastante difícil e bastante arriscado“, confessou.
“Agora, é aproveitar com a família que está cá, a quantidade de portugueses que eu vi na bancada, que parecia que eu estava em casa, foi muito, muito, muito bom. É desfrutar, ver as outras competições também, e o que vier vai ser ótimo”, descreveu.
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