Também com 39 anos, a maior estrela do basquetebol mundial prepara-se para ter um companheiro de equipa que conhece… muito bem. Estará Cristiano Ronaldo a tentar a mesma proeza?
Apesar de ainda tabu, a pergunta tem vindo a ser cada vez mais lançada pelos portugueses. A poucos meses de se tornar ‘quarentão’, não estará na altura de o ‘menino de ouro’ pendurar as botas?
Para muitos, a performance no Euro 2024 rebentou a bolha criada pelos portugueses que mais orgulho têm em Cristiano Ronaldo.
Depois de 30 tentativas e 20 remates sem marcar — ficou a apenas quatro do recorde negativo de Deco — muitos adeptos não perdoaram a inédita ausência de golos de Cristiano. Também não esquecem a ganância nos inúmeros pontapés livres que ‘roubou’ a Bruno Fernandes, Bernardo Silva ou Vitinha. Nem a forma como simplesmente “cortou as pernas” aos colegas de equipa e como foi, para muitos, menos um ‘Apaixonado’ em campo.
Apesar de ter confirmado que este foi o seu último Campeonato da Europa, Ronaldo não disse quando (ou sequer se) terminará a carreira — nem nos clubes, nem na Seleção.
O desejo oculto de Ronaldo
Uma teoria aponta para um desejo escondido de Cristiano Ronaldo. Um desejo partilhado e recentemente concretizado pelo rei de outro desporto e muitas vezes descrito como o equivalente a Cristiano Ronaldo na NBA.
Com a mesma idade de CR7, o astro LeBron James vai tornar-se, esta temporada, o primeiro jogador da história da NBA a jogar com o filho na mesma equipa, depois de Bronny James ser selecionado na 55.ª escolha do draft de 2024 pelos Los Angeles Lakers.
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Tal como Ronaldo, LeBron é considerado por muitos (na sua praia) o melhor jogador de sempre. É o “Cristiano Ronaldo do basquetebol”, como comparou o base Tomas Satoransky em janeiro e até o ex-futebolista ganês Kevin-Prince Boateng em entrevista ao Goal.
Ambos têm um percurso até à glória intimamente ligado ao trabalho, esforço e dedicação. Jogar com o filho era um desejo manifestado há anos pelo ‘King’, que terá mesmo feito questão de prolongar a sua carreira para o concretizar. Estará Ronaldo a fazer o mesmo para jogar com Cristianinho?
“É jogar com o filho que o faz continuar”
“No Al Nassr isso é possível”, disse a lenda do futebol romeno, Adrian Mutu, que esteve recentemente com Ronaldo na Arábia Saudita e confirmou, em entrevista ao iAM Sport, que o craque português lhe disse que “a sua verdadeira motivação é fazer um último jogo com o filho. É isso que o faz continuar”.
“No Al Nassr isso é possível, se ele estivesse noutra equipa como o Real Madrid, seria mais difícil. Mas essa é a sua verdadeira motivação, o facto de querer jogar um jogo oficial com o seu filho faz com que não desista”, acredita o ex-avançado.
E Cristianinho segue sempre o pai desde os tempos da Juventus, apesar de Ronaldo já ter explicado que o filho “vai fazer o que quiser” e que “o apoia de qualquer forma”. O filho do CR7 representou a Vecchia Signora durante três temporadas, saiu com o pai para o Manchester United em 2021/22 e está agora nos sub-13 do Al Nassr, clube onde joga Ronaldo na Arábia Saudita.
E o filho já lhe terá dito: “pai, aguenta mais uns anos, quero jogar contigo”, confessou Ronaldo em 2019, para afastar os rumores da aproximação da reforma.
“Tenho é de mostrar a mim mesmo, à minha família, aos meus filhos, principalmente ao Cristianinho, que às vezes faz uma pressão ao dizer: ‘Pai, aguenta mais uns anos que ainda quero jogar contigo’. Acho que isso vai ser difícil, mas tenho é de desfrutar”, prosseguiu.
Não seria o primeiro
Apesar de parecer um feito impossível, vários pais já jogaram na mesma equipa dos filhos ao mesmo tempo.
Um dos exemplos mais sonantes é o da lenda sueca Henrik Larsson, que jogou com o filho de 15 anos Jordan Larsson na quarta divisão sueca, em 2005/05, pelo Hogaborgs BK.
Outro duo inesquecível é o de Arnor Gudjohnsen e o filho Eidur Gudjohnsen, que o substituiu em campo pela seleção da Islândia, a 24 de abril de 1996, num amigável frente à Estónia. No entanto, não pisaram o relvado em simultâneo.
Rivaldo, lenda do futebol brasileiro, chegou a jogar com o seu filho, Rivaldinho, no clube paulista Mogi Mirim, nas épocas de 2014 e 2015 da Série C.
Aos 18 anos, o campeão do mundo George Eastham Jr. também jogou com o seu pai — que na altura tinha a idade de Cristiano Ronaldo. Com George Eastham Sr., que marcou o golo da vitória nesse dia de 1954, o inglês conquistou a sua primeira medalha.
O médio russo Alexei Eremenko Sr. também passou quatro temporadas na fase final da sua carreira no HJK Helsínquia, clube finlandês no qual partilhou o balneário com o filho Alexei Eremenko Jr. durante duas épocas. E não se ficou por aí: o pai Eremenko jogou ainda com o seu segundo filho, Roman Eremenko, no FF Jaro.
Alex Herd, campeão com o Manchester City, jogou ao lado do filho David Herd no Stockport County, na última jornada da época 1950/51 da Terceira Divisão Norte. E não foi o único ‘duo’ de pai e filho a jogar em Inglaterra.
Ian Bowyer, bicampeão europeu, jogou com o filho Gary Bowyer em 1989/90 na quarta divisão inglesa.
[sc name=”assina” by=”Tomás Guimarães, ZAP” url=”” source=”” ]
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