Reyes Pla tem a certeza de que venceu na meia-final dos 92kg, no boxe. Mas os juízes entenderam o contrário. Seleccionador “louco”.
A final masculina de boxe nos Jogos Olímpicos Paris 2024, na categoria masculina 92kg, vai ser entre Alfonso Dominguez e Mullojonov, na próxima quinta-feira.
Um dos derrotados nas meias-finais deste domingo foi Reyes Pla, o espanhol que não poupou nas críticas à arbitragem, depois do desaire frente a Alfonso Dominguez.
No ringue estavam curiosamente dois pugilistas nascidos em Cuba. Ambos, como muitos outros, fugiram do seu país natal. Um representa agora a Espanha, outro representa o Azerbeijão.
E o Azerbeijão tem muito peso no boxe internacional, sugeriu a imprensa desportiva espanhola logo a seguir ao combate.
O jornal Marca não hesita: “É uma falta de respeito para com o boxe e o desporto. Um roubo histórico”.
Na descrição do combate, lê-se que o duelo começou equilibrado, com respeito. Mas depois quem atacou mais foi o espanhol, conseguiu mais golpes, perante uma estratégia claramente defensiva do azeri.
O seleccionador espanhol não tem dúvidas: foi Reyes Pla que comandou o combate. “Fico louco com o sistema de pontuação que estão a dar aqui”.
Ou seja, apesar de uma aparente vitória evidente do espanhol, os juízes decidiram que o vencedor era o seu adversário. Aliás, o rival Alfonso Dominguez venceu os três assaltos, segundo a equipa de arbitragem.
“Mas eu sinto-me o vencedor”, reagiu Reyes Pla. “Os árbitros viram um combate diferente, dei muitos mais golpes efectivos. Fui à procura da vitória, mas os árbitros não viram. Apenas o viram a dançar e a dar golpes fantasmas que nunca aconteceram”.
“Os árbitros estavam cegos“, queixou-se o pugilista, que assim fica com a medalha de bronze – e está “satisfeito” com isso.
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