O FC Porto demorou uma vintena de minutos para encontrar a fórmula certa para derrubar a muralha de Barcelos.
A partir dos 20 minutos, o FC Porto daí começou a coleccionar situações de perigo, viu Galeno abrir a contagem da marca dos 11 metros e, já na etapa final, Iván Jaime e Danny Namaso juntaram-se à lista de goleadores que “depenaram” um frágil e inofensivo Gil Vicente.
Os “galos” – com o interino Carlos Cunha a render o demissionário Tozé Marreco antes do ingresso de Bruno Pinheiro – deram apenas um ar da sua graça no início da segunda parte, mas o gás durou pouco e ainda terminaram o duelo reduzidos a dez unidades após a expulsão por duplo amarelo de Sandro Cruz.
Os primeiros 22′ não tiveram “baliza”, mas a partir de um cabeceamento de Nico González, o FC Porto ganhou tracção ofensiva, sufocou o último reduto gilista e chegou ao golo na conversão de uma grande penalidade a punir mão na bola de Buatu, que Galeno finalizou com êxito.
O “galo”, com o interino Carlos Cunha no banco, não teve crista para atacar com perigo e passou ao lado do encontro neste período.
No reatamento, os forasteiros surgiram mais afoitos e perigosos mas, paulatinamente, os anfitriões voltaram a aumentar o ritmo, Nico desperdiçou um “penálti em movimento”, pouco depois o “renascido” Iván Jaime ampliou a vantagem e, da marca dos 11 metros, Namaso deu a estocada final que depenou os “galos”.
O Jogo em 5 Factos
1. “Galo” sem crista
Quase não se deu pelo ataque do emblema de Barcelos. Em toda a partida, registo para apenas dois remates (um novo alvo), 11 acções com a bola na área “azul-e-branca”, três cruzamentos e 33% da posse de bola.
2. Otávio assume o trono
Já sem Pepe, Otávio parece ter dado um passo em frente no que diz respeito ao papel de patrão da defensiva portista. O central brasileiro esteve num belo plano, tendo fechado a primeira metade com uma eficácia de 97% em 91 passes tentados, um remate perigoso, três recuperações de posse, quatro perdas da posse, quatro duelos vencidos, cinco perdidos e quatro acções defensivas.
3. Perdas de bola
A pressão alta dos portistas “baralhou” a primeira fase de construção do Gil, que acabou por pecar neste capítulo e terminou o encontro com 27 perdas de bola no terço defensivo face às duas acumuladas pelos donos da casa. Zé Carlos (cinco) e Rúben Fernandes (quatro) foram os mais penalizados.
4. Iván “renasce” das cinzas
Na época de estreia não teve o protagonismo pretendido e acabou por ser “excluído” por Sérgio Conceição. Renasceu com Vítor Bruno e vai justificando a aposta. Foi decisivo em Aveiro e, na noite deste sábado, foi titular e apresentou na ficha de serviços três remates, um golo (grande finalização), quatro passes progressivos, oito passes progressivos recebidos e cinco acções com a bola na área contrária. A rever, as 14 perdas de bola e os dois desarmes sofridos.
5. Superioridade portista
O jogo teve, praticamente, um sentido e os números não deixam margens para quaisquer dúvidas. Os comandados de Vítor Bruno realizaram 18 remates (cinco enquadrados) – golos esperados (xG) de 3,2 -, 44 acções com a bola na área gilista, 15 centros (cinco eficazes), 68% da posse de bola, 11 conduções progressivas e ainda cometeram 18 faltas.
Melhor em Campo
Wanderson Galeno está imparável. O internacional brasileiro continua a atravessar um grande momento neste pontapé de saída na temporada 2024/25.
Mesmo a actuar como lateral-esquerdo (no papel), percorreu todo o corredor e foi um perigo à solta com dois remates, um golo, atingiu os seis passes progressivos, venceu seis duelos, perdeu nove, carimbou cinco recuperações de posse, dez perdas, sofreu três faltas e foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.2.
Resumo
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