Derrota na estreia. O jogo que deu o título ao Sporting em 23/24 foi precisamente a derrota do Benfica na visita ao Famalicão, por 2-0.
No arranque de 24/25, os “encarnados” entraram com renovadas esperanças, mas a história repetiu-se: desaire por dois golos sem resposta.
Os benfiquistas foram lentos, previsíveis e facilitaram a vida a um “Fama” que se fechou bem e contra-atacou melhor ainda, deixando a nu debilidades que Roger Schmidt terá de corrigir se não quiser repetir o que aconteceu na época transacta.
Os fantasmas da época passada caíram sobre os ombros do Benfica com peso. Em Famalicão as “águias” perderam neste mesmo reduto no final da temporada e aos 12 minutos já estavam em desvantagem, golo de Sorriso (12′).
O “Fama” defendia com 11 e atacava com 11 e os lisboetas não tinham espaços no ataque para criar perigo, registando poucos remates e acções na área. Faltava rasgo aos “encarnados” e os minhotos aproveitavam.
As “águias” conseguiram estancar as saídas do Famalicão na segunda parte, mas mesmo com muitas mexidas e apostando tudo no ataque, os benfiquistas não conseguiam criar perigo, dada a boa organização contrária.
Aproveitaram os da casa para acertarem no poste aos 84 minutos, por Óscar Aranda. Muitos passes, pouca objectividade que garantiram somente 19 acções com bola na área famalicense.
Não espanta a derrota na estreia, por 2-0, com um golo de Zaydou Youssouf marcado no fim do jogo, tal como em 23/24.
O Jogo em 5 Factos
1. Tomás Araújo “à patrão”
Na primeira parte, o jovem central Tomás Araújo foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.1. O Famalicão criava problemas, mas o defesa esteve muito atento, registando cinco desarmes, um corte decisivo e quatro conduções progressivas.
2. Complicado entrar na área
Quem viu o jogo e as estatísticas principais pensará que o Benfica teve muitas acções na área do Famalicão, mas a verdade não foi essa. As “águias” somaram somente 19, pouco para tanto domínio territorial e ataques somados, e mais espantoso ainda o facto de o “Fama”, muito mais recuado, ter acumulado apenas menos oito.
3. Pontaria do lado minhoto
Os “encarnados” só remataram mais três vezes que os anfitriões (12-9), mas o Fama teve bem mais pontaria, tendo enquadrado cinco remates, contra dois dos benfiquistas.
4. Sem saber o que fazer com a bola
O Benfica dominou, mas sem ideias, rasgo e espaços, passou quase o jogo todo em trocas de bola pouco objectivas e teve nos seus centrais dois elementos sem saber bem a quem a entregar. Por isso mesmo, Tomás Araújo ((268) e Morato (281) acumularam, em conjunto, 549 metros de progressão em condução da bola.
5. “Pior” a emenda que o soneto
Prestiani saiu ao intervalo com um rating baixo, apenas 4.2. Para o seu lugar entrou o turco Kökçü que… foi mais do mesmo, terminando com 4.2. Talvez o problema não fossem os jogadores.
Melhor em Campo
O Famalicão fechou-se muito bem e muito por culpa de Justin de Haas. O central dos Países Baixos foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5, graças a 18 acções defensivas, com destaque para 11 alívios e três intercepções. Intransponível.
Resumo
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