O que se passa no Boavista? Reforços de verão já estão de saída

Os reforços Bruninho e Alhassan, afinal, não vão jogar pelos axadrezados.

O pesadelo continua: Bruninho e Ibrahim Alhassan só foram panteras durante dois meses. O Leixões agradece.

Apenas dois meses depois de serem contratados, os reforços do Boavista Bruninho e Ibrahim Alhassan já abandonaram o clube.

“A Boavista SAD informa que foi oferecida a possibilidade aos atletas Bruninho e Ibrahim Alhassan de continuar no clube ou explorar novas oportunidades. Ambos optaram por seguir um novo caminho, numa decisão plenamente respeitada pela SAD”, informaram os axadrezados este domingo, em comunicado.

Esta já é a quarta janela de transferências consecutiva em que o clube de Ramalde se vê impedido de inscrever novos jogadores.

“Agradecemos aos jogadores pelo profissionalismo demonstrado durante o tempo em que estiveram no Boavista e desejamos-lhes o maior sucesso nos seus próximos desafios”, lê-se.

Penhora ditou o fim

Na quinta-feira passada, Fary Faye já tinha avisado que as restrições impostas pela FIFA não iriam ser levantadas até ao final do mercado de transferências que, para os clubes portugueses, encerrou este domingo.

A situação agravou-se devido a uma penhora judicial que ocorreu durante as férias judiciais. A sociedade financeira BTL, credora do clube, obteve autorização do Tribunal Judicial do Porto para executar uma dívida de mais de 6,8 milhões de euros, que se traduz na ordem de venda de passes de jogadores.

Os ‘axadrezados’ ainda tentaram deitar água na fervura com a venda de Pedro Malheiro ao Trabzonspor e a de Chidozie ao Cincinnati, mas apesar dos esforços não conseguiram resolver a situação antes do fecho do mercado.

“Durante este período, explorámos todas as alternativas legais e financeiras para garantir que o Boavista pudesse enfrentar a temporada sem esta limitação que tanto nos prejudica. O nosso plano incluía a venda de direitos económicos de alguns jogadores, numa tentativa de fortalecer a SAD e resolver os bloqueios impostos pela FIFA”, avançou o clube.

Depois de se sentir um “cheiro a 2001”, a época passada acabou das piores maneiras para a formação do Bessa, que esteve a pouco de descer de divisão, apenas três meses depois de se demitir o presidente, Vítor Murta — recentemente condenado por  “comportamentos discriminatórios” pelo o assédio a uma funcionária da sociedade gestora do futebol profissional ‘axadrezado’.

Os problemas refletiram-se até nos salários dos atletas. Em dezembro, a meio da época, os jogadores e treinadores já não recebiam há dois meses. Outros funcionários estavam há três meses sem salários.

“Estamos numa situação difícil, mas acredito na resiliência da nossa equipa e no apoio dos adeptos. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para superar esta crise até ao final do ano. Peço a todos que mantenham a união e a paciência neste momento complicado”, apelou ainda o presidente senegalês esta quinta-feira.

Leixões ‘pesca’ médio

Chegados em julho, o médio internacional nigeriano Ibrahim Alhassan, em final de contrato dos belgas do Beerschot, e o avançado brasileiro Bruninho, emprestado pelo Atlético Mineiro até ao final da temporada, saem a ‘zeros’, apenas com minutos de pré-época com o xadrez no corpo.

Bruninho está de regresso ao Atlético Mineiro, atual nono classificado do escalão principal brasileiro, enquanto Alhassan foi ‘pescado’ pelo Leixões, da 2.ª Liga.

[sc name=”assina” by=”Tomás Guimarães, ZAP” url=”” source=”” ]


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